Programas de compras de ativos por Bancos Centrais de países emergentes: como seus anúncios impactaram as expectativas inflacionárias na crise do COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Leonardo Baims Machado da
Orientador(a): Matos, Silvia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31482
Resumo: Com a pandemia global pelo novo coronavírus em 2020, as economias sofreram grandes choques e os mercados financeiros presenciaram grande nível de estresse. Formuladores de políticas agiram de maneira agressiva para tentar amortecer os choques e limitar os estragos econômicos. Nesse contexto, Bancos Centrais de todo o mundo tomaram medidas para tornar a política monetária mais expansionista, muitas dessas medidas sendo inéditas. O presente trabalho visa contribuir com o debate sobre o impacto das políticas monetárias não convencionais, neste caso específico, programas de compras de ativos financeiros por Bancos Centrais para injetar liquidez nos mercados. A proposta é avaliar o impacto dos anúncios dos programas feitos em 2020 nas expectativas inflacionárias em países emergentes. Avalia-se os efeitos em 5 países: África do Sul, Polônia, Colômbia, Chile e México. Para fazer essa avaliação, verifica-se a mudança das inflações implícitas nos títulos soberanos dos países poucos dias antes e depois dos anúncios e compara-se com dados históricos dos últimos três anos. Também é feito um exercício econométrico para avaliar o impacto dos anúncios para o México apenas, por baixa disponibilidade de dados. Os resultados sugerem que os anúncios não impactaram de forma significativa as inflações implícitas e que se houve impacto, ele foi negativo. Conclui-se que Bancos Centrais de países emergentes, em medidas de política monetária com objetivos de estabilizar os mercados financeiros em estresse, como são os casos deste trabalho, poderiam adicionar a seu repertório de políticas os programas de compras de ativos. Esta conclusão está em linha com a literatura recente que classifica os programas como um sucesso, mas contribui com a análise das expectativas inflacionárias, um ponto ainda não avaliado na literatura. Embora políticas de estabilização dos mercados sejam focadas no curto-prazo e a literatura e este trabalho indiquem resultados positivos para países emergentes, ainda não há estudos suficientes para avaliar efeitos de médio e longo-prazo e se os efeitos de curto-prazo compensam.