Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Armstrong, Rodrigo Penteado |
Orientador(a): |
Amorim Neto, Octavio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/36021
|
Resumo: |
Desde a virada do século, o Brasil tem-se consolidado novamente com uma potência agroexportadora. Enquanto essa condição faz que muitos pesquisadores adotem como referência a condição agrária que caracterizou o país durante a maior parte de sua história, da colonização à metade do século XX, outros argumentam que a modernização da agricultura brasileira, no contexto de industrialização e urbanização do país, produz um fenômeno no novo na inserção do país na economia internacional. Enquanto parte significativa das análises se concentram nas consequências econômicas desse processo, como o efeito sobre a Balança de Pagamentos e a desindustrialização, pouco se sabe ainda sobre as consequências políticas dessa nova realidade. Portanto, esta tese é composta por três artigos sobre as preferências e o comportamento político do agronegócio brasileiro. O primeiro trata do tema do voto econômico nas cidades produtoras de soja no Brasil e adota uma abordagem teórica expandida do voto econômico, incorporando não somente o voto econômico de valência – a percepção dos eleitores de que a economia vai bem ou mal -, mas também o voto econômico de posição e de patrimônio; ou seja, analisando como preferências relativas a políticas públicas e questões patrimoniais afetam a avaliação que é feita dos incumbentes. Nesse sentido, o artigo examina como políticas ambientais e fundiárias, dois temas que são especialmente sensíveis no agronegócio brasileiro, têm impactado comportamento na hora do voto. O segundo artigo trata de transformações nas preferências políticas de longo prazo nas regiões do agronegócio. A partir de uma abordagem histórica da ascensão do agronegócio brasileiro nas áreas de expansão da fronteira agrícola, impulsionada pela Revolução Verde, o artigo avalia como as transformações sociais, demográficas e tecnológicas de longo prazo tem consolidado essas regiões como reduto do voto conservador no Brasil, principalmente a partir do boom das commodities dos anos 2000. Por fim, o terceiro artigo estuda como setores chave da exportação de commodities, os quais têm a China como principal cliente, enxergam essa parceria comercial. Além disso, o texto propõe um novo marco teórico, a partir das estruturas de cadeias de valor, para se compreender como essas opiniões são formadas, as quais acabam por ter profundas consequências políticas sobre temas como política externa e comércio exterior. |