Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pavão, Eduardo de Morais |
Orientador(a): |
Assad, Eduardo Delgado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/32856
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Resumo: |
A pipericultura é desenvolvida no estado do Pará desde a década de 1930. Apesar da tradição no cultivo, a participação do estado na atividade tem reduzido. Tal fato se deve a expansão de áreas de plantio cultura, somada às altas produtividades em outras regiões, com destaque para o estado do Espírito Santo. Contudo, o estado do Pará apresenta um enorme potencial de incremento de produção sem a necessidade de expansão de áreas de cultivo. Apesar de existirem produtores altamente produtivos, o rendimento médio das lavouras da produção de pimenta do reino no estado do Pará é de 2,2 t/ha, 45% inferior ao rendimento médio no estado do Espírito Santo, de 4,0 t/ha. O desenvolvimento da cadeia produtiva no Pará deve contemplar estratégias com foco no incremento do rendimento dos pimentais, aliado à proteção ambiental e em sinergia com conceitos de sustentabilidade. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi analisar o potencial produtivo, bem como os impactos da adoção recomendações técnicas de cultivo e de sistemas sustentáveis no estado. Para isso, foram executadas modelagens financeiras e de quantificação do impacto na produção do estado e até o ano de 2040, considerando a adoção de boas práticas agrícolas pelos produtores, visando alcançar uma produtividade média de 4,0 t/ha, bem como o cálculo da necessidade de adubos e combustíveis para o suprimento das operações de produção. Por ser uma planta tutorada, também foi realizada uma modelagem de cálculo do balanço de emissões de gases de efeito estufa considerando a adoção de tutores vivos de gliricídia nos pimentais a uma taxa de conversão de área de 5% ao ano e diante de cenários de remoção de 0,75, 1,1 e 1,5 t CO2 eq./ha, no período de 2021 a 2030. Os resultados indicaram um potencial de produção anual de 64,2 mil toneladas de pimenta do reino, representando um aumento de 71% em relação à produção atual do estado. A modelagem também indicou um potencial de redução de até 48% das emissões de gases de efeito estufa até o ano de 2030, considerando valores médios de remoção de carbono a partir da adoção dos tutores de gliricídia, além da supressão evitada de 480 mil árvores de madeira de lei da floresta amazônica no período de 2021 a 2040, evitando também a consequente emissão de 2,89 Mt CO2 eq. até o final do período. O custo dos tutores na implantação e reforma de pimentais impactou significativamente a modelagem financeira comparativa dos sistemas. Considerando o preço pago ao produtor de R$ 15,00/kg de pimenta do reino seca, o modelo indicou uma TIR de 24% e Payback de 59 meses para sistema de produção com tutor convencional e TIR de 40% e Payback de 47 meses para os sistemas com tutor vivo de gliricídia, com uma redução de desembolso de caixa por hectare de 39%, considerando um ciclo de produção de 7 anos. |