O exercício da liderança em estruturas organizacionais mecanicistas e orgânicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Assi, Ilton Luiz
Orientador(a): Sant'anna, Anderson de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31344
Resumo: O presente estudo propõe investigar e combinar dois constructos acadêmicos de relevância e interesse econômico, no âmbito sociocultural e político: Tipos Organizacionais e Liderança. O objetivo geral é investigar: em que medida a prevalência de características mecanicistas e ou orgânicas relaciona-se com o estilo de exercício da liderança – transacional e transformacional? A população definida é composta por discente, docentes e ou egressos de cursos de Administração de empresa de instituições de ensino de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerias, Rio Grande do Sul. A amostra é composta por 150 questionários válidos, respondidos por uma população estimada em 1500 indivíduos. Caracterizada como uma pesquisa quantitativa, survey, com amostragem por conveniência, por acessibilidade e intencionalidade e não probabilística. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário único composto de três partes distintas - dados demográficos, tipos organizacionais e tipos de liderança - disponibilizados por meio eletrônico. O conteúdo da primeira escala objetiva identificar na população amostral sua constituição demográfica. A segunda escala é composta por indicadores dos Tipos Organizacionais - Mecanicistas e Orgânicos - com objetivo de identificar a percepção da população amostral sobre as estruturas organizacionais em que se inserem. A terceira escala refere-se aos Tipos de Liderança – Transacional e Transformacional - que têm como objetivo identificar a percepção dos estilos de liderança exercidos. Como resultado o estudo apresenta que: existe correlação positiva e significativa entre os -Tipos organizacionais e Tipos de Liderança – com impacto estatístico de 0,12. Correlação comprovada por Alfa de Chronbach 0,68 e 0,94 respectivamente. O Tipo Organizacional Orgânico é impactado pela Liderança Transacional em 0,10 e o Tipo Organizacional Orgânico impacta os Tipos de Liderança em 0,89, índice que demanda uma exigente e constante mudança e significante capacidade de adaptação do líder para o exercício da liderança neste tipo organizacional. A Liderança Transacional apresenta significância estatística em todos os seus fatores e ou sub escalas. Por outro lado, todos os fatores de Liderança Transformacional não obtiveram índices com significância estatística ≤ 0,05. Isso posto, o estudo apresenta tendência de a liderança percebida ser exercida com estilo predominantemente transacional, independentemente do tipo organizacional em que os respondentes se inserem. Esse exercício transacional é evidenciado pela racionalidade, rigidez, alta definição de papéis e cargos, e com comunicação com significante verticalização. O estudo conclui que a liderança ainda é exercida em função da escala, com pouca atenção ao escopo, com alta ambiguidade e é cingida pela estrutura organizacional. Esses achados são corroborados pelas teses defendidas por autores como Sant’Anna (2002), Leite (1992) e Faoro (1992) segundo os quais as organizações tendem à prevalência de modelos de gestão burocráticos, centralizadores e conservadores. Esse processo evolutivo pode ser definido como de “modernização conservadora”. Pode-se inferir que o exercício da liderança contemporânea necessita romper os limites transacionais e ou pseudo-transformacionais, para que em um futuro não muito distante consolidar a liderança transformacional corroborando com a evolução e inovação da estrutura organizacional.