Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Yamamoto, Cesar Hideki |
Orientador(a): |
Orellano, Verônica Inês Fernandez |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10438/8612
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Resumo: |
A demanda por bebida alcoólica é um tema de interesse há muitos anos e diversos estudos econômicos empíricos podem ser encontrados na literatura internacional, porém existem muito poucos estudos para o mercado brasileiro. Assim sendo, este trabalho pretende contribuir para o melhor conhecimento deste mercado, analisando o consumo domiciliar de bebidas alcoólicas no Brasil a partir dos microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009 (POF 2008/2009). São estimadas equações de demanda por cerveja, vinho, aguardente de cana e outros destilados. Uma vez que a POF 2008/2009 investiga o consumo familiar apenas para a semana de realização da entrevista, os métodos de estimação devem incluir tratamento especial para o fato de muitas famílias relatarem um nível de consumo igual a zero. O potencial viés decorrente desse problema é tratado utilizando os modelos Heckit e Tobit para especificações em duplo-log e semi-log, respectivamente. Também é estimado um Almost Ideal Demand System (AIDS) diretamente a partir da amostra de famílias com consumo não nulo – desconsiderando o problema de consumo zero – para comparar seus resultados com os dois modelos anteriores e também testar as restrições impostas pela Teoria do Consumidor. As características sócio-demográficas são mais importantes no processo de decisão de aquisição do que na definição da quantidade adquirida. Os domicílios consumidores de cerveja e vinho são similares: em geral estão em centros urbanos, têm menos moradores e o chefe da família tem mais escolaridade, mas a maior presença de idosos tem efeito negativo para cerveja e positivo para vinho. Por outro lado, a aguardente está mais presente em domicílios rurais, com maior presença de adultos e cujo chefe de família tem menos estudo. Domicílios cujo chefe é uma mulher e/ou com maior presença de mulheres apresentam menor probabilidade de consumo de bebidas alcoólicas, com exceção do vinho. Todas as elasticidades-preço próprias encontradas são negativas, porém suas magnitudes dependem das especificações dos modelos. Já para as elasticidades cruzadas, os sinais e magnitudes dependem da especificação escolhida. Identificou-se também uma não linearidade no efeito da renda sobre o consumo de cerveja e vinho e concluiu-se que um aumento na renda tem efeito positivo sobre a demanda total de puro álcool, aproximando o padrão de consumo brasileiro ao consumo dos países da Europa Ocidental. |