A relação entre modelos de gestão e o processo orçamentário do INSS: a participação dos gestores locais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Siqueira, Mateus Geraldo de
Orientador(a): Cunha, Armando Santos Moreira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/35932
Resumo: Objetivo - Este estudo investiga a relação entre a centralização ou descentralização da gestão do INSS e seu processo orçamentário, com foco na influência da autonomia decisória dos gestores locais na alocação de recursos. Metodologia – Considerando o objetivo proposto, foi realizado um estudo de caso qualitativo com enfoque fenomenológico. A coleta de dados incluiu a análise de documentos e entrevistas com 15 gestores do INSS, abrangendo os níveis operacional, tático e estratégico. A análise dos dados foi conduzida por meio do método de análise de conteúdo, com o auxílio do software ATLAS.ti. Nesse contexto, os dados foram devidamente categorizados e, posteriormente, triangulados com os documentos analisados. Resultados – Os resultados indicam que os entrevistados percebem o atual modelo de gestão do INSS como centralizado, com mínima participação dos gestores do nível operacional. Como consequência, observou-se uma dificuldade de comunicação entre os níveis hierárquicos, uma vez que as decisões orçamentárias são predominantemente top-down, sem a inclusão do nível operacional. Essa situação é apontada como uma possível fonte de perdas financeiras, considerando que o nível operacional possui maior conhecimento sobre sua unidade descentralizada e, portanto, poderia identificar oportunidades de otimização. Por outro lado, o estudo constatou que o modelo centralizado, fruto de uma recente transição na dinâmica organizacional, apresenta aspectos positivos, como a otimização da força de trabalho, maior controle orçamentário, ganhos em compras em escala e a padronização das unidades descentralizadas. Contribuições práticas – A pesquisa possui relevância significativa para a instituição, pois analisa o modelo de gestão atualmente adotado pelo Órgão, com foco particular na centralização ou descentralização. Essa dinâmica organizacional impacta diretamente o processo orçamentário, que é o cerne deste estudo. Desse modo, a instituição pode se beneficiar ao aprofundar a compreensão sobre o modelo de gestão vigente e sua repercussão no processo orçamentário. Além disso, a pesquisa apresentou uma série de sugestões práticas visando conferir mais eficiência e otimização ao processo orçamentário do INSS. Contribuições Sociais – O INSS é a autarquia federal responsável pela gestão de todos os benefícios previdenciários no âmbito do Regime Geral de Previdência Social. Assim, a discussão sobre a dinâmica organizacional e orçamentária do órgão pode gerar resultados significativos para a sociedade, uma vez que os impactos desta pesquisa podem contribuir para a eficiência e otimização do processo orçamentário do INSS. Ademais, os achados desta pesquisa podem servir como referência e estímulo para estudos futuros em outras organizações Originalidade – A dinâmica organizacional e orçamentária de órgãos públicos do porte do INSS ainda é pouco explorada, visto que há poucas pesquisas nesse campo. Nesse contexto, a discussão sobre a relação entre uma gestão mais centralizada ou descentralizada e o processo orçamentário de uma organização pública representa uma lacuna importante a ser investigada.