Escravidão urbana, tradição ibérica e desenvolvimento capitalista no Rio de Janeiro a partir da visão de viajantes (1808-1850)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Calazans, André Chamun
Orientador(a): Santos, Ynaê Lopes dos, Mattos, Marco Aurélio Vannucchi Leme de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/29656
Resumo: Este estudo busca analisar a influência da tradição ibérica e da escravidão no desenvolvimento capitalista brasileiro a partir de registros de viajantes estrangeiros no Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX. A cultura portuguesa e o sistema escravista, completamente disseminado na sociedade da época, deixaram uma herança que continua influenciando de forma incisiva a lógica do sistema produtivo brasileiro, limitando suas possibilidades de desenvolvimento. Séculos de atuação sobre os fatores de produção, orientando seus agentes, e sobre as bases culturais, moldando sua identidade, construíram um modelo econômico com características que vão de encontro a pressupostos do capitalismo moderno, fato que não passou despercebido pelos viajantes. Para o entendimento dessa correlação, será necessário compreender a dinâmica do mercantilismo ou capitalismo comercial e as transformações ocorridas no final do século XVIII e início do XIX. A Revolução Industrial, os movimentos abolicionistas, as guerras de independência e o enfraquecimento das monarquias levaram à expansão do capitalismo industrial na maior parte das potências da Europa, o que não ocorreu com Portugal, que tentou ao máximo preservar o Antigo Regime.