Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lima, Fabiano |
Orientador(a): |
Caldas, Miguel Pinto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/31065
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Resumo: |
A discussão sobre o papel das empresas na sociedade segue cada vez mais aquecida. Tanto no ambiente acadêmico quanto no corporativo, acadêmicos e executivos buscam incorporar o propósito empresarial e a orientação empresarial a múltiplos stakeholders em suas agendas. Críticos da primazia do acionista (e.g., Ghoshal, 2005; Gersel e Johnsen, 2020; Dmytriyev, Freeman, & Hörisch, 2021) argumentam que ela não tem mais cabimento tanto por razões éticas como por motivação econômica, de geração de valor (McGahan, 2021). Mas qual seria o impacto da orientação multi-stakeholders nos resultados financeiros das empresas? Será que empresas orientadas a multi-stakeholders acabam por reduzir o valor e a riqueza dos seus acionistas? Esta pesquisa busca esta resposta, cobrindo importantes lacunas na literatura, onde não há consenso sobre o efeito de uma orientação estratégica multi-stakeholders, medida a partir das intenções da direção da empresa, no desempenho social e financeiro. O estudo mede a orientação a multi-stakeholders por meio de uma análise de conteúdo em 1962 cartas aos acionistas de 375 empresas contidas no índice S&P500 de 2014 a 2019 e, através de análise de painel (total de 6.444 interações), verifica se tal orientação tem efeito no desempenho social corporativo (CSP, medido com dados do CSRHub) e se o CSP tem efeito no desempenho econômico-financeiro (CFP, medido pela variação do market cap). A análise de conteúdo se amparou em um dicionário customizado criado pelo autor e validado por 30 especialistas com artigos acadêmicos relevantes publicados sobre cada tipo de stakeholder. Os resultados indicam relação positiva e significativa entre orientação a multi-stakeholders e CSP, bem como efeito positivo e significativo entre CSP e CFP. O efeito direto da orientação multi-stakeholders sobre CFP não foi suportado no estudo. Desta forma, concluímos que sim, as empresas mais orientadas a multi-stakeholders têm impacto positivo no seu desempenho social corporativo, e que este, por sua vez, tem impacto positivo em seu valor de mercado, quando comparadas às empresas menos orientadas a multi-stakeholders, evidenciando as implicações positivas para o acionista de uma orientação empresarial a múltiplos stakeholders em suas agendas. |