Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Takaoka, Helder Hara |
Orientador(a): |
Schiesari, Laura Maria Cesar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/35742
|
Resumo: |
Políticas de visitação flexível, fundamentadas em evidências científicas e princípios éticos, têm sido promovidas em uma perspectiva de um cuidado centrado no paciente e família em unidades de terapia intensiva. No entanto, a implementação dessas políticas enfrenta desafios práticos e operacionais, especialmente devido à complexidade e à densidade tecnológica das UTIs. A revisão das políticas de visitação não é apenas uma questão logística ou administrativa, trata-se de um passo essencial para aprimorar o cuidado intensivo, de modo a satisfazer necessidades complexas e interligadas dos pacientes e de seus familiares. Este trabalho, inserido no campo da Ciência da Implementação, visa propor diretrizes para a implementação e gerenciamento de um modelo de VFF em UTIs. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, de abordagem qualitativa e exploratória, realizada na UTI do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Para atingir esse objetivo, foi formada uma equipe de trabalho responsável pela implementação do modelo de VFF. Foram realizadas entrevistas direcionadas à equipe implementadora, utilizando a ferramenta CFIR (Consolidated framework for implementation research) para identificar barreiras e facilitadores da intervenção. As respostas dos participantes foram organizadas e analisadas com base no template disponibilizado pelo CFIR. Os resultados revelaram nuances importantes sobre a interação entre inovação e prática assistencial. Identificaram-se barreiras como a resistência à mudança, a necessidade de reconfiguração dos processos de trabalho e a inadequação de recursos físicos. Por outro lado, os facilitadores incluíram o engajamento dos familiares, a colaboração interprofissional de uma parcela da equipe, a percepção de benefícios para os envolvidos e o suporte organizacional. A pesquisa enfatiza a importância de um compromisso organizacional com a mudança cultural para a adoção bem-sucedida do modelo de VFF. Destaca-se a necessidade de uma abordagem multifacetada que valorize tanto as dimensões humanas quanto as organizacionais, promovendo um ambiente de cuidado sensível às necessidades de pacientes, familiares e profissionais. Os achados deste trabalho e a revisão de literatura fundamentaram a elaboração de diretrizes para a implementação de um modelo de VFF em unidades de terapia intensiva. As diretrizes propostas visam facilitar a adoção deste modelo em outras instituições de saúde, promovendo uma cultura de cuidado mais inclusiva e centrada no paciente e na família. Este trabalho traz uma contribuição significativa para a literatura sobre a humanização do cuidado em UTIs, com potencial para transformar a experiência de cuidado para todos os stakeholders. |