Consumo no Brasil, uma análise empírica da hipótese da renda permanente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fukushima, Cesar Takeshi
Orientador(a): Sarfati, Gilberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
VAR
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/23908
Resumo: O presente trabalho consiste em uma análise do consumo das famílias utilizando-se a hipótese da renda permanente e do ciclo de vida, com base nos indicadores de consumo, crédito, renda e juros no Brasil durante o período de 2003 a 2017, em um ambiente econômico que apresentou um ciclo de expansão, seguido por duas crises econômicas, sendo que a segunda crise (após 2015) trouxe agravamentos ao ambiente econômico do país. Para tanto, utilizaram-se a metodologia proposta por Campbell e Mankiw (1989) e o Vetor Auto Regressivo (VAR) sobre as séries históricas de renda, crédito, taxa de juros e volume de crédito à pessoa física. Com base na metodologia de Markov Switching-VAR, buscou-se analisar quebras estruturais no comportamento do consumidor no período analisado. O resultado mostrou duas quebras estruturais, uma entre o segundo trimestre de 2003 e o quarto trimestre de 2007 e outra entre o primeiro trimestre de 2008 e o segundo trimestre de 2015. Em todos os períodos, o modelo de Campbell e Mankiw apresentou comportamentos similares, nos quais se rejeita a hipótese da renda permanente. No período entre o terceiro trimestre de 2015 e o terceiro trimestre de 2017, momento de grande impacto da crise econômica brasileira, obteve-se uma rejeição da hipótese da renda permanente com aumento significativo da restrição à liquidez e ao crédito. Segundo o modelo VAR, que tenta identificar o comportamento dinâmico das variáveis em estudo, observou-se que choques gerados individualmente na renda e no crédito têm impacto positivo no consumo, ou seja, geram um incremento no consumo das famílias; no entanto um choque nos juros tem um efeito inversamente proporcional no consumo, o que está de acordo com a rejeição da hipótese da renda permanente.