A tradição de mulheres negras sambistas e o samba afroreligioso de Aparecida (1939-1985)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Nayara Cristina dos
Orientador(a): Mattos, Marco Aurélio Vannucchi Leme de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/36546
Resumo: A presença das mulheres negras é essencial ao desenvolvimento do samba, sobretudo por tornarem este um espaço de sociabilidade. Também é vital a relação do samba com a religiosidade de matriz africana e, por isso, ele é usado como meio de difusão da estética afro-religiosa e da identidade negra. Partindo dessa perspectiva, esta pesquisa busca mapear e analisar os diversos papéis desenvolvidos pelas mulheres negras sambistas na história da música popular brasileira, em um movimento que defino como Tradição de Mulheres Negras Sambistas. Tomando Clementina de Jesus como precursora da tradição e Aparecida como sua sucessora, o trabalho também reflete sobre o legado dessas mulheres para a música nacional, com destaque para o RAP, a partir de 2010, e para a afirmação do que caracterizo como música afro-religiosa. Por fim, a pesquisa reconstitui a trajetória da sambista Aparecida, destacando sua expressiva produção fonográfica e repercussão na imprensa ao longo da década de 1970, período de intensa repressão dos debates sobre identidade negra e negação – por parte dos militares – do racismo existente na sociedade brasileira.