Fatores que influenciam as negociações de títulos do agronegócio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Zanella, Maiko Vinicius
Orientador(a): Gurgel, Angelo Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10438/27306
Resumo: O Governo Federal possui orçamento limitado para definir a política agrícola no Brasil, o que resulta na incapacidade de atender todas as necessidades do setor. A redução da participação do Estado no Crédito Rural, levou à uma aproximação entre os produtores e agentes do mercado, que passaram a atuar como financiadores do agronegócio. Neste sentido, as cooperativas agropecuárias ganharam espaço entre as organizações que realizam operações de crédito. Além disso, o governo tem incentivado a aproximação do setor com o mercado financeiro, a fim de promover maior volume de recursos para a agropecuária. Para essa finalidade, foram criados os títulos do agronegócio em 2004 e, até 2019, por ser um mercado ainda pouco conhecido pelas cooperativas, ainda restam dúvidas com relação ao seu modo de operação, e potencial para financiar o setor, em contrapartida ao Crédito Rural. Sendo assim, o presente estudo visa agregar conhecimento a respeito dos títulos do agronegócio, respondendo às seguintes questões: quais são os fatores que estão influenciando as negociações, e quais os títulos mais adequados para as cooperativas agropecuárias? A partir da revisão de literatura foi possível identificar o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) como os principais títulos para as cooperativas captarem recursos no mercado financeiro. A partir desta identificação foram realizadas análises econométricas, através do método dos Mínimos Quadrados Ordinários, nas séries de volumes de negociação do CDCA e do CRA, para identificar os possíveis fatores que influenciam esses volumes. Os resultados apontam que as negociações de CDCA estão associadas positivamente às negociações de CRA, volume de recursos captados no Crédito Rural e também às variações do índice Bovespa. Já as negociações de CRA estão associadas positivamente ao volume negociado de CDCA e às variações da taxa Selic, taxa de câmbio e Índice Bovespa. Levando-se em consideração os fatores macroeconômicos identificados, conclui-se que nos momentos em que a economia do país está aquecida, o CDCA e o CRA podem ter atratividade para o setor, em detrimento das taxas de juros, elevada burocracia e elevado custo dos financiamentos bancários, além de serem alternativa para complementar as necessidades de recursos que não são atendidas pelo Crédito Rural.