Condições financeiras, incerteza e ciclos econômicos recentes no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa Filho, José Aloisio
Orientador(a): Pires, Manoel Carlos de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/29735
Resumo: O acompanhamento das condições financeiras se tornou instrumento importante para análise dos ciclos econômicos, em particular, em momentos de crises com impactos relevantes sobre o setor real. Este trabalho procura construir um indicador desagregado de condições financeiras para o Brasil com base nas séries de 18 variáveis selecionadas, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2019, utilizando-se o método de componentes principais para esse fim. Posteriormente, discute-se a evolução do indicador considerando-se o comportamento dos grupos de variáveis que o compõem e sua interpretação à luz dos ciclos recentes da economia brasileira. Conclui-se que, em linhas gerais, o índice de condições financeiras (ICF) construído acompanha os ciclos macroeconômicos e que a inclusão de variáveis associadas a oferta de crédito adiciona informação em relação a outros índices semelhantes estimados para o Brasil. Em uma segunda parte, incorpora-se à incerteza econômica ao estudo na medida que a mesma se tornou uma variável importante para explicar a conjuntura econômica doméstica. Nesse contexto, procurou-se avaliar o relacionamento entre condições financeiras e incerteza e como ambas interagem para gerar impactos sobre a atividade. Exercício apresentado sugere que a incerteza em patamar persistentemente elevado no Brasil impediu que os benefícios de condições financeiras historicamente positivas tenham se traduzido em retomada mais consistente da atividade econômica após o último ciclo recessivo que atingiu a economia brasileira.