As cidades inteligentes e o desafio da inclusão digital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Ângela Maria de
Orientador(a): Grin, Eduardo José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/32960
Resumo: As cidades inteligentes começaram a ser discutidas nos anos 90 impulsionadas pelo surgimento de novas tecnologias para auxiliar a resolver problemas urbanos. Já o tema da exclusão digital ganhou notoriedade internacional no final do século XX com os Programas Sociedade da Informação, motivado pelo crescimento do uso da internet para fins comerciais. Assim, os dois temas evoluíram nos debates de forma paralela, ao passo que várias críticas ao modelo tecnocrático das cidades digitais implementadas pela influência das empresas de informática foram divulgadas pela academia. Em 2015, com a publicação do documento Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a ONU consolida entre os países membros uma visão mais humanista ao desenvolvimento das cidades inteligentes que passaram a ter um foco de sustentabilidade e voltado para o cidadão. A investigação aborda o fenômeno de cidades inteligentes no Brasil com ênfase na promoção da inclusão digital. O objetivo é identificar, a partir do estudo de caso de seis cidades inteligentes brasileiras, se nesses locais ocorreram ações de inclusão digital e se os resultados foram satisfatórios, respondendo às perguntas de pesquisa. Para tal, são definidos indicadores associados às dimensões Sociocultural e Econômica de cidades inteligentes com base nos componentes essenciais para promover a inclusão digital (infraestrutura de comunicação e acesso à rede, dispositivos computacionais e capacitação para o uso). A pesquisa, segundo seu propósito geral, é de natureza descritiva e, conforme os métodos para coleta de dados, é do tipo bibliográfica-documental. Os dados qualitativos e quantitativos foram obtidos de fontes secundárias descritas no capítulo de metodologia. A análise compara os valores locais com dados nacionais correlacionando-os entre si e com informações adicionais em algumas situações. Os achados mostraram que, apesar das cidades implantarem ações de inclusão digital, as barreiras ainda representam desafios a serem superados, estando estas fortemente relacionadas a questões educacionais e socioeconômicas. A contribuição da pesquisa está na ampliação da discussão integrando inclusão digital nos planos de cidade inteligente, o que pode trazer benefícios para os municípios e para a sociedade. Apresenta-se, também, uma quantidade substancial de indicadores que pode ser utilizada em pesquisas futuras. A investigação dos efeitos da inclusão digital nas populações atendidas pelos programas de políticas públicas é outra sugestão para trabalhos futuros. O processo de inclusão deve conduzir os indivíduos a sua independência digital para que com autonomia, possam navegar no mundo virtual com destreza e senso crítico.