Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Fuel, Tomás Heródoto |
Orientador(a): |
Bresser-Pereira, Luiz Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/35761
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Resumo: |
Países pobres que são exportadores de commodities enfrentam dois problemas gêmeos relativos às rendas produzidas pelas commodities: a doença holandesa e a maldição dos recursos naturais. Embora os estudos sobre a maldição de recursos tenham crescido em número quando comparados com aqueles que analisam a doença holandesa, o refinamento teórico feito por seus principais estudiosos destacou a relevância da gestão das rendas dos recursos que, entre outros efeitos, podem apreciar o câmbio e causar a doença holandesa. O diagnóstico da ocorrência desses problemas assim como a sua definição ainda são alvo de controvérsia entre os estudiosos da matéria, o que influencia diretamente a concepção ou escolha de medidas de política para o seu enfrentamento. Num contexto de hegemonia do modelo econômico neoliberal, é recorrente ver que a recomendação de política é a criação de fundos soberanos para esterilizar o efeito das divisas sobre a economia. Ora, essa medida procede quando o país vê a corrupção como o maior obstáculo ao seu desenvolvimento econômico. Argumentamos, baseados no modelo analítico do novo-desenvolvimentismo, que um dos fins dos Estados é o desenvolvimento econômico e, para o seu alcance, os países em desenvolvimento exportadores de commodities e que apresentam uma tendência de sobrevalorização da taxa de câmbio que causa a doença holandesa devem gerir as taxas de câmbio previstas no modelo para impulsionar a industrialização nacional. Essa gestão demanda capacidades estatais que, sinteticamente, podem ser resumidas em duas: as políticorelacionais e as técnico-administrativas. Nesta tese, analisamos o caso de Moçambique, que, apesar de explorar um dos maiores jazigos de gás natural do continente, continua desindustrializado, sem diversificação econômica e com uma tendência de sobrevalorização da sua moeda, o metical. A nossa questão é: quais são as capacidades necessárias para Moçambique diagnosticar e neutralizar a doença holandesa. |