Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Rubens Costa de |
Orientador(a): |
Francisco, Eduardo de Rezende |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/35228
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Resumo: |
A publicação dos primeiros resultados do Censo 2022, em meados de 2023, apresentou uma evolução importante da tendência observada em uma parte considerável dos municípios brasileiros: a da redução de suas populações. O fenômeno, conhecido internacionalmente como "Shrinking Cities", traduzido livremente como "Encolhimento das Cidades", vem sendo observado em todos os continentes e ocorre por motivos variados em cada região e época histórica nos diferentes países. Tornou-se um desafio territorial a ser enfrentado pelas teorias urbanísticas e administradores públicos, a partir do final dos grandes conflitos internacionais do século passado e com a frustração de modelos de organização social e territorial, simbolizados pelo fim da cortina de ferro e a Europa unificada. Ganhou velocidade pelos efeitos da globalização sobre as economias nacionais, o aumento do intercâmbio cultural e de informações entre os povos e países, a ampliação da mobilidade e conectividade e, principalmente a tendência geral de redução das taxas de reprodutibilidade humana. No Brasil, o fenômeno do "encolhimento" da população em algumas regiões vem despertando curiosidade crescente. Hoje atinge significativos 43% das unidades administrativas municipais, o que sugere a adoção de políticas de enfrentamento da despopulação, notadamente nas regiões Nordeste e Sul e em pequenos municípios. Como contrapartida, é preciso reforçar a atenção em municípios que aumentam sua população acima das médias regionais (32% dos municípios), por vezes a ritmos intensos, para melhor acomodar eventuais fluxos migratórios e evitar erros de outras regiões densamente povoadas. Esta dissertação tem o caráter de uma pesquisa exploratória sobre o tema e não tem a pretensão de identificar eventuais fluxos migratórios, mas oferecer, a partir dos recursos da análise estatística-espacial, a influência de indicadores urbanos, econômicos, sociais e de características territoriais e regionais brasileiras nesse fenômeno demográfico. A metodologia implica a exploração da dependência espacial do fenômeno e sua associação com variáveis que representam as características urbanas, econômicas, sociais e territoriais dos municípios. O estudo adota a Taxa Geométrica Anual do Variação Populacional como a variável principal de referência e indica a influência de variáveis regressoras, como o IDH municipal, o PIB municipal, as condições urbanas e considera a influência da pandemia de COVID19. O I de Moran da variável principal foi de 32,90%, considerado de moderado a forte, e o R2 do modelo de regressão foi de 34,37% (OLS) para 41,32% (SAR – Spatial Auto-Regressive model). As variáveis explicativas apresentaram moderada a muito forte dependência espacial também (I de Moran de 34,9% a 81,1%). Em suma, esta pesquisa buscou referências internacionais de como tratar e explicar o fenômeno e propôs uma metodologia de leitura geográfica - apoiada pelos recursos de Geoanalytics - para verificar se há padrões de dados que indicam a possibilidade e a intensificação do encolhimento, identificando clusters de municípios com grande potencial de apresentarem problemas de gestão, em função do fenômeno. |