Quando disco era cultura: as gravadoras e a modernidade industrial no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Claudio Jorge Pacheco de
Orientador(a): Mattos, Marco Aurélio Vannucchi Leme de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/34713
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo estudar a indústria fonográfica brasileira sob a perspectiva da construção da modernidade industrial no Brasil, marcada pela conciliação entre classes dominantes e a dependência do capital estrangeiro, não por acaso uma das principais características da nossa indústria do disco. Vamos estudar da implantação das primeiras fábricas de discos a formação de um oligopólio multinacional no final do regi-me militar, período de forte estímulo ao consumo no qual o disco se consolidou na cultura e na economia do país, transformando o Brasil em um dos maiores mercados consumidores de música do mundo. O desenvolvimento do setor caracterizou-se também pelo acionamento do Estado para defesa de seus interesses, sobretudo a partir da criação da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Os artistas também buscaram sistematicamente que o governo acolhesse suas reivindicações, mas em momentos capitais para a relação entre artistas e gravadoras a classe não teve força política para alcançar mudanças estruturais. A política de fomento aos investimentos estrangeiros, aspecto fundamental do modelo econômico do regime militar, favoreceu a expansão das gravadoras multinacionais o que excluiu do mercado o empresariado nacional e limitou as conquistas da classe artística no campo do direito autoral