A influência do FGTS sobre a poupança voluntária: a percepção do trabalhador sobre o FGTS como poupança compulsória e os seus efeitos sobre a sua capacidade de poupar e investir

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Castro, Raphael Felipe Teodoro de
Orientador(a): Beltrão, Kaizô Iwakami
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/32239
Resumo: Objetivo - Este estudo pretendeu avaliar a percepção, por parte dos trabalhadores, do papel do FGTS e sua possível influência nos hábitos de poupança do trabalhador formal. Metodologia - A pesquisa se dividiu em duas etapas: a primeira, com a realização de entrevistas, especialmente a fim de verificar como o trabalhador percebe o FGTS, se realmente o entende como uma poupança compulsória. Por fim, uma última etapa: a realização de uma pesquisa "survey" para verificar os hábitos de poupança dos trabalhadores e as suas impressões quanto aos temas abordados no presente trabalho. Resultados – Através das entrevistas realizadas neste estudo, verificou-se que o trabalhador formal percebe o FGTS como uma poupança compulsória. Os resultados da "survey" apontam que, entre os respondentes, aqueles que recolhem o FGTS são os que mais se preocupam, quando poupam, se estarão empregados ou desempregados no futuro e, quando poupam, são os que mais levam em consideração os benefícios estatais de manutenção de renda e de saúde. Os resultados também apontam que o ato de poupar ou não poupar, e a frequência com que se poupa, dependem da boa educação financeira do respondente. Não se verificou nesse estudo, entre os respondentes da survey, diferenças entre aqueles que recolhem o FGTS e os que não recolhem, quanto às atitudes previstas nas Finanças Comportamentais. Por fim, os resultados do presente estudo indicaram que o recolhimento do FGTS exerce pouca influência, entre os respondentes, quanto aos hábitos de poupança e investimento. Limitações - As limitações do trabalho são principalmente em relação ao alcance da pesquisa "survey", visto que a amostra não foi representativa da população dos trabalhadores, sejam eles formais ou não. Deste modo, não foi possível generalizar os resultados o que não permitiu verificar se as premissas adotadas são válidas para toda a população de trabalhadores impactados pelo FGTS. Contribuições práticas - A partir dos resultados, organizações financeiras podem projetar campanhas de incentivo à poupança, entre os trabalhadores, levando em consideração como eles enxergam o FGTS e a sua preocupação com a manutenção do emprego no futuro e a relevância dos benefícios sociais estatais. Contribuições sociais - Para as organizações financeiras, levar em consideração a poupança dos trabalhadores pode ter um impacto social positivo, principalmente na vida financeira deles. Além disso, a poupança tem influência positiva na economia de um país. Originalidade - Pelo nosso conhecimento, não existe outro trabalho que trate da relação entre a poupança compulsória os hábitos, capacidade e níveis de poupança dos trabalhadores formais.