Todas as professoras são iguais, mas algumas são menos iguais que as outras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Freitas, Matheus Nunes de
Orientador(a): Lotta, Gabriela Spanghero
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/32998
Resumo: No ambiente de trabalho, as relações sociais dos burocratas de nível de rua são fundamentais para acessar conhecimentos e informações, obter suporte e acolhimento quando necessário, criar vínculos com a organização em que atuam e embasar as decisões no dia a dia. Apesar da importância das relações entre os pares, a maior parte da literatura tem se voltado a compreender as relações interorganizacionais, tendo as próprias organizações como unidades de análise e não os indivíduos. Adicionalmente, nos estudos sobre burocracia de nível de rua, a perspectiva das redes sociais no ambiente de trabalho ainda é rara, dado que o principal enfoque está em entender o que acontece nas interações entre estes burocratas e os usuários das políticas. Com o objetivo de contribuir com a superação destas lacunas, a presente dissertação busca analisar as relações sociais das professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE), burocratas de nível de rua que atuam no campo da educação inclusiva. Para tanto, foram aplicados questionários para mapear as relações entre o corpo docente em duas escolas municipais de Suzano (SP). Também foi aplicado um questionário com todas as professoras de AEE da rede municipal de ensino de Suzano, a fim de captar as percepções sobre o seu trabalho, as suas relações na escola e os alunos com deficiência. A pesquisa realizou ainda entrevistas semiestruturadas com professoras do município que atuam no Atendimento Educacional Especializado. Os achados da pesquisa demonstram que os estigmas e estereótipos relacionados ao público-alvo que as professoras do AEE atendem – os alunos com deficiência – impactam em suas identidades ocupacionais e relações no contexto escolar, tornando-as menos iguais que as demais professoras.