O impacto do capital psicológico organizacional no desempenho da firma: o efeito moderador de crise e características do setor de atividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Adriano Corrêa da
Orientador(a): Caldas, Miguel Pinto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/36138
Resumo: A forma como o capital psicológico organizacional impacta desempenho tem intrigado pesquisadores. Alguns autores defendem que capital psicológico organizacional (ou OPC, i.e., o nível de recursos psicológicos positivos da organização) é um recurso intangível, mensurável e gerenciável que impacta o desempenho da firma, embora não provem empiricamente tal nexo nem explorem o impacto de moderadores nessa relação. Para endereçar essa lacuna, este estudo focou em verificar se o capital psicológico organizacional contribui para o desempenho empresarial, bem como o efeito moderador de crises e características da indústria (i.e., complexidade, munificência e dinamismo) na relação OPC-desempenho. Para isso, foram analisados, por meio de regressão com dados em painel de efeitos fixos com erros padrão robustos, dados secundários longitudinais coletados de 351 firmas constituintes do índice Standard & Poor’s (S&P) 500 referentes a um período de cinco anos. Os resultados obtidos demonstram existir relação direta entre o OPC e o crescimento de receitas. Simultaneamente, embora não tenha sido identificada relação direta entre OPC e desempenho financeiro, os resultados sugerem que essa relação depende do ambiente da entidade – tais como crises econômicas e condições de indústria (i.e., complexidade e dinamismo); níveis elevados de OPC melhoram o desempenho financeiro das entidades em ambientes mais dinâmicos, mas reduzem-no em ambientes mais estáveis, além de alavancarem o desempenho financeiro em indústrias com alta complexidade e em períodos sem crises econômicas. Tais resultados evidenciam que o capital psicológico organizacional possui validade preditiva e que pode, em ambientes propícios, ser um recurso estratégico para as organizações. Além de contribuir para o campo da estratégia comportamental e do comportamento organizacional positivo, este estudo explorou a mensuração de constructos da psicologia positiva por meio de técnicas alternativas e apresentou contribuições metodológicas e procedimentais de tratamento preliminar e organização de dados. Para a práxis organizacional, este estudo propõe formas de como praticantes de estratégia podem gerenciar os níveis de capital psicológico organizacional em suas empresas para melhorar seu desempenho.