A construção do Rio de Janeiro como cidade turística: imprensa, poder público e iniciativa privada (1922-1935)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Almeida, Paula Cresciulo de
Orientador(a): Castro, Celso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/29868
Resumo: Esta Tese de Doutorado foi elaborada com a pretensão de contribuir para os debates historiográficos acerca da história do turismo. Durante muito tempo, este não foi considerado um tema de pesquisa relevante, porém, consideramos importante compreender como a atividade turística foi construída no Brasil, principalmente, na cidade do Rio de Janeiro. Desta forma, o objetivo principal do trabalho, foi investigar como a iniciativa privada, o poder público e a imprensa se articulavam, mesmo que não formalmente, para promover e incentivar o turismo na cidade, ao longo das décadas de 1920 e 1930. A partir da década de 1920, houve uma preocupação maior dos setores privados em investir numa infraestrutura para o turismo. Grandes hotéis, como o Hotel Glória e o Copacabana Palace, foram construídos como forma de preparar a cidade para o grande evento da Exposição de 1922, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. Além disso, eventos como a construção do Aeroporto Santos Dumont e a inauguração da estátua do Cristo Redentor, por exemplo, repercutiram na imprensa da época. O presente trabalho privilegiou a imprensa como fonte de pesquisa, demonstrando que diferentes periódicos promoviam eventos internacionais, como o Concurso de Beleza Internacional, em 1930, além de privilegiar colunas jornalísticas para festas como o carnaval. Os meses que antecediam às práticas carnavalescas, se caracterizavam por um período de grande expectativa e preparação para o turismo, inclusive por parte do poder público. O Conselho Consultivo de Turismo, criado na gestão Pedro Ernesto, se tornou como um importante órgão oficial de incentivo para consagrar o Rio de Janeiro uma cidade turística. Sua atuação era mais incisiva durante o carnaval, por entender que esta festa era um importante instrumento de atração de diversos visitantes à cidade. Com essas análises, foi possível observar, entre os três setores, imprensa, poder público e iniciativa privada, cada um dentro de suas peculiaridades, uma articulação decisiva para a construção do projeto turístico na cidade do Rio de Janeiro entre 1922 e 1935.