The credit channel of monetary policy: evidence from monetary shocks

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Elias, Laura Ibraim da Freiria
Orientador(a): Guimarães, Bernardo de Vasconcellos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/30371
Resumo: O canal do crédito, presente nos modelos macroeconômicos tradicionais, é um dos principais mecanismos de transmissão da política monetária para a economia real. Existe evidência robusta de que esse canal é empiricamente relevante nos Estados Unidos e em outras economias avançadas. Mas e em economias emergentes? Usualmente, essas economias possuem fricções específicas e problemas fiscais, que devem ser considerados nos modelos de escolha ótima de política econômica. Essa questão é particularmente importante no caso brasileiro, na medida em que o país é um outlier em spreads bancários e na grande participação do crédito direcionado. Nós investigamos o repasse da política monetária para as taxas de crédito em duas economias bem diferentes - Brasil e Estados Unidos - e encontramos evidência de que essas fricções realmente parecem atrapalhar a transmissão por esse canal. Nos Estados Unidos, o repasse tende a ser maior que 1:1 e há evidência de impacto em empréstimos de diferentes tipos e maturidades. No Brasil, os efeitos são menores e variam conforme a modalidade de empréstimo. Nós achamos evidência de repasse 1:1 apenas no caso do crédito livre para pessoa jurídica. Para pessoas físicas, cujos empréstimos normalmente possuem um spread muito elevado, não achamos resultados significantes. Crédito direcionado, como esperado, também não parece responder às mudanças de política monetária. Além disso, enquanto o crédito nos Estados Unidos para empresas e famílias é em torno de 150% do PIB, é apenas 70% do PIB no Brasil. Crédito livre para pessoa jurídica - que é a parcela de crédito que parece responder de maneira proporcional e significante à política monetária - é menos de 20% do PIB. Dessa maneira, o efeito da política monetária pelo canal do crédito no Brasil parece ser de uma ordem de magnitude muito menor do que nos Estados Unidos.