Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Wissenbach, Tomás Cortez |
Orientador(a): |
Biderman, Ciro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/31586
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Resumo: |
O objetivo da tese é analisar aspectos distributivos do orçamento público paulistano a partir de um olhar territorial. Em especial, a pesquisa busca compreender os sentidos da distribuição espacial das cargas e benefícios do orçamento público municipal, visto como uma política espacial implícita e uma ferramenta para redistribuição baseada no território. Para isso, explora uma oferta inédita de dados abertos da cidade para produzir dados georreferenciados que permitam analisar receita e despesa nos territórios da cidade. Em uma das frentes, mostramos como o IPTU, após três mudanças legislativas importantes, tornou-se mais progressivo do ponto de vista territorial. Neste caso, identificamos que o imposto que já partiu de uma distribuição progressiva, tornou-se muito mais justo social e territorialmente com as mudanças empreendidas. Se em 2001 as áreas mais ricas da cidade pagavam em média 1,75% de sua renda anual com IPTU; em 2016, esse valor subiu para 2,98%. Em outra, discutimos o uso tático da alocação territorial da despesa em um contexto de competição eleitoral acirrada. A análise identificou uma associação positiva e estatisticamente significante entre os investimentos em recapeamento e os votos na chapa vencedora, controlando por critérios geográficos, socioeconômicos e características da malha viária que poderiam influenciar a decisão. Com isso, identificamos que a cidade passa a dispor de uma ferramenta poderosa de redistribuição pelo lado da receita e, pelo lado da despesa, um sentido que não corresponde à busca pela redução de desigualdades entre as porções do espaço urbano. Destacando as decisões orçamentárias, a tese contribui para a construção de marcos e metodologias de análise que, se beneficiando de um novo conjunto de informações públicas, possa estimular o debate sobre as políticas espaciais da cidade, seus benefícios, resultados e consequências. |