Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Monteiro Junior, Roberto |
Orientador(a): |
Gelis Filho, Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/32433
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Resumo: |
A presença das multinacionais chinesas no Brasil é fenômeno recente que deve se aprofundar nos próximos anos. As décadas de comércio entre os países agora mudam de patamar, através do investimento direto chinês em ativos brasileiros. O estudo desenvolveu um entendimento mais aprofundado do relacionamento entre executivos brasileiros e chineses nas organizações chinesas atuando no Brasil. O objetivo inicial era entender como a comunicação se dava entre eles e os impactos dela na gestão. Para atender este objetivo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais e os resultados foram analisados utilizando a metodologia de análise interpretativa fenomenológica (IPA - Interpretative Phenomenological Analysis). Foram entrevistados 13 executivos pertencentes às principais posições das organizações onde atuam. Os principais achados foram para além do tema comunicação. Eles foram agrupados em grandes temas: comunicação, indivíduo, cultura e governança. Destes grandes temas foram descritos mais 15 subtemas que descrevem a experiência dos executivos brasileiros. Na comunicação foram mapeados o idioma utilizado e as estratégias de comunicação do dia-dia. Sobre os indivíduos, surgiram a questão da pluralidade dos chineses, o nível de experiência, a diferença no horizonte de planejamento, a surpresa nas relações humanas e como se dá o feedback. Na cultura, o peso da hierarquia, o raciocínio do macro para o micro e de maneira circular, a negativa indireta e o papel da mulher. Nos processos de governança, como o processo decisório é percebido, o maior nível de detalhamento exigido, o papel das reuniões como celebrações de decisões previamente discutidas, a aversão ao risco e finalmente uma integração mais lenta na implementação da governança chinesa. Como implicações, foram sugeridas recomendações para executivos brasileiros que pretendem trabalhar em organizações chinesas para se ambientarem mais rapidamente no ambiente corporativo. Além destas recomendações práticas foram sugeridas pesquisas futuras nos campos da psicologia, antropologia, sociologia e administração de empresas, somadas as teorias de comunicação intercultural. Este estudo desbrava o campo pouco mapeado da interação entre executivos brasileiros e chineses, além de iniciar o debate sobre o choque cultural nas organizações chinesas atuando no Brasil. Foi demonstrado que para além das questões de comunicação é preciso discutir sobre diferenças culturais e de governança organizacional. |