Bancos como orquestradores de ecossistemas digitais na economia da plataforma: capacidades dinâmicas de incumbentes e challenger banks

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Evaristo, Marcelo Scheer
Orientador(a): Fleury, Maria Tereza Leme
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/35323
Resumo: A indústria bancária tem sido palco de profundas mudanças concorrenciais, tecnológicas e regulatórias que exigem de seus participantes ajustes recorrentes em seus recursos e competências. Os bancos têm sido compelidos a inovar seus modelos de negócio em contexto no qual as fronteiras entre as indústrias não são mais nítidas. À vista disso, a evolução das entidades bancárias para modelos colaborativos baseados em plataformas e ecossistemas é crucial. Nesse sentido, o estudo visa identificar quais capacidades dinâmicas são relevantes no desenvolvimento de plataformas baseadas em ecossistemas e como incumbentes e challenger banks diferem nesse processo. Os resultados revelam que as capacidades relacionais externas (alianças e M&A) desempenham papel fundamental no desenvolvimento de plataformas baseadas em ecossistemas. Eles evidenciam também que as capacidades integrativas, a despeito de serem relevantes tanto para challenger banks como para incumbentes, são mais relevantes para esses últimos em razão de sistemas e processos legados, assim como pela necessidade de integração de múltiplas plataformas. Para os challenger banks, as capacidades integrativas, além das digitais, são essenciais no desenvolvimento da estrutura de core bancário em cocriação com empresas de Software como Serviço (SaaS) para torná-la compatível com o modelo de negócio e a estratégia de ecossistema pretendidos. Além disso, a cultura organizacional pode favorecer as capacidades dinâmicas requeridas no desenvolvimento de plataformas baseadas em ecossistemas. Todavia, a co-existência de múltiplas culturas organizacionais nos incumbentes pode prejudicar esse processo, o que demanda o fortalecimento das capacidades gerenciais dinâmicas e integrativas. Identificou-se que os incumbentes podem beneficiar-se da orquestração conjunta de ecossistemas de empreendedorismo e de plataformas baseadas em ecossistemas, no sentido de aprimorar sua capacidade de inovação e de mapeamento do ambiente externo (além das fronteiras do ecossistema). Além disso, o estudo traz conhecimentos úteis aos gestores passíveis de serem aplicados no desenvolvimento de plataformas baseadas em ecossistemas orquestradas pelos bancos.