Elaboração de vidro com absorção de raios ultravioleta por meio da adição de fritas nos canais de alimentação de um forno vidreiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sasso, D. D.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário FEI, São Bernardo do Campo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.fei.edu.br/handle/FEI/112
Resumo: As embalagens de vidro âmbar retêm parte da radiação ultravioleta não absorvida pela camada de ozônio, por este motivo, são largamente utilizadas no setor farmacêutico, onde a estabilidade do medicamento pode ser afetada pela interação com a luz, implicando na perda do efeito terapêutico ou formação de produtos de degradação tóxicos. A coloração e a retenção de radiação ultravioleta apresentada pelo vidro âmbar se deve à formação do cromóforo Fe3+-S2--O2--Na+, que se forma em condições redutoras no interior do forno de fusão. O vidro âmbar e o vidro flint são produzidos em fornos de fusão, já o vidro colorido, pode ser produzido por um sistema denominado como color feeder. Nesse sistema, a mistura dos óxidos que irão colorir o vidro ocorre em um dos canais de alimentação, em condições diferentes daquela encontrada no forno de fusão. Este trabalho foi realizado em parceria com uma indústria vidreira, a qual possui pouca demanda de vidro âmbar em relação ao vidro flint, sendo assim, o forno de fusão funciona apenas por alguns meses fabricando vidro âmbar, e então, efetua-se o desligamento do forno ou a transição para vidro flint, gerando custos elevados. Portanto, este trabalho teve por objetivo flexibilizar a produção deste tipo de vidro, determinando uma composição de óxidos que pudessem gerar vidro com retenção de UV pelo processo de color-feeder a partir do vidro flint. Os testes foram efetuados em pequena escala a partir da fusão de cacos de vidro flint de composição conhecida a 1300 °C por 2 h, em cadinho refratário. Após fusão, foram adicionadas fritas, selecionadas com base na revisão bibliográfica, seguindo um planejamento fatorial 2k tendo como variável de saída a transmitância na faixa de 290 a 450 nm. Tomou-se como referência o limite de 10% de transmitância na faixa de 290 a 450 nm estabelecido pela Farmacopeia Americana. Devido ao preparo ser manual, as amostras apresentaram certa variabilidade na espessura, que foi corrigida para 3 mm utilizando as leis de Fresnel e Lambert Beer, possibilitando as comparações. As coordenadas tricromáticas das amostras foram calculadas de acordo com a CIE (Commission Internationale de l'Eclairage). Foi encontrado assim, que uma composição com teor de fritas de 5% B674UL (60% Fe), 5% 410JS(30,1% Mn) e 2,5% G924XP (0,88% Se) que pode ser utilizada na fabricação de vidro com retenção de U.V. pelo processo de color-feeder, em frascos com espessura igual ou superior a 1,6 mm.