Análises empírica e conceitual sobre negócios inclusivos: contribuições para avanços teóricos e práticos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário FEI, São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.31414/ADM.2021.T.131407 https://repositorio.fei.edu.br/handle/FEI/4439 |
Resumo: | A partir da revisão da literatura nacional e internacional sobre negócio inclusivo, foram identificadas duas definições teóricas: base de pirâmide (BPO), na qual a pessoa de baixa renda não é vista apenas como um ser menos afortunado da sociedade e, sim, como um consumidor (PRAHALAD; HART, 2008; SHYAM, 2017; BECKWITH, 2016) e cadeia de valor, que inclui pessoas ou grupos excluídos na sua cadeia, como fornecedores, revendedores e demais públicos (TEODÓSIO; COMINI, 2012; PETRINI; SCHERER; BACK, 2016; GOLJA; POZEGA, 2012). Uma outra constatação é que a literatura acadêmica da Administração, raramente se ocupa em compreender a pobreza, exclusão/inclusão social, o que, ao contrário, ocorre nas ciências sociais (LARSEN; ANDERSEN; BAK, 2012; SAWAIA, 1999; ROOM, 2002; SAUNDERS; NAIDOO; GRIFFITHS, 2008; BAK, 2018; SPOSATI, 1998). Diante disso, percebem-se oportunidades para a análise crítica das definições atuais e a proposição de uma definição inédita. Para isso, buscou-se responder: a) Quais são as definições teóricas sobre negócios inclusivos? b) Quais são as perspectivas e as abordagens ainda não debatidas pela literatura científica? c) De que forma a compreensão teórica sobre a exclusão/inclusão social das Ciências Sociais podem contribuir para o entendimento do que sejam os negócios inclusivos de gênero? d) De que modo as empresas que se autodenominam ou são consideradas negócios inclusivos de gênero lidam com a pobreza, a exclusão e a inclusão social? A metodologia incluiu pesquisa exploratória e estudos de casos de gênero. Como resposta à primeira pergunta, identificou-se duas definições teóricas: base da pirâmide e cadeia de valor e outras parcialmente debatidas: De Direitos (advocacy) e Autoinclusão (COSTA, 2019); Reconhecimento, Autorrespeito e Inclusão (HAHN, 2012) e Recursos Estendidos (desperdiçados), empregam mais excluídos (RANJATOELINA, 2018). Quanto à segunda, nos estudos de casos de gênero, apurou-se cadeia de valor, base da pirâmide e duas definições parcialmente debatidas: indícios de inclusão de voz e pela linguagem. Na terceira, é preciso reconhecer a inclusão de pessoas de baixa renda nos negócios, mas entender de pobreza e exclusão social. Já na quarta, define-se negócio inclusivo como um tipo de empresa com fins lucrativos que se caracteriza por tornar visíveis indivíduos ou grupos que, em geral, se diferenciam dos padrões estabelecidos pela sociedade, quase sempre num contexto de pobreza e, principalmente, de exclusão social, ou seja, expostos a situações de vulnerabilidade social, de preconceito e de estigma social, atuando no sentido de promover atividades que buscam beneficiar pessoas que se encontram em uma ou mais situações, tais como: base da pirâmide, atuando em determinadas cadeias de valor, que procuram por direitos (advocacy), autoinclusão, reconhecimento e autorrespeito |