A influência de imagens emocionais na dilatação pupilar e na tomada de decisão econômica intertemporal
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário FEI, São Bernardo do Campo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.31414/EE.2021.T.131322 https://repositorio.fei.edu.br/handle/FEI/3215 |
Resumo: | A teoria tradicional de finanças relata que, por muito tempo, considerou-se como correto e, tão somente, o pensamento tradicional oriundo da economia, que sugere que as pessoas tomam decisões estritamente racionais nas escolhas econômicas corriqueiras. Contrapondo-se a esta linha, hoje, em Economia Comportamental, sabe-se que tais decisões não são tomadas com total racionalidade. Estímulos emocionais por imagens retirados da base internacional IAPS, então, foram explorados aqui para detectar eventuais interferências em decisões intertemporais monitoradas por um equipamento de Eye-tracker. Nos experimentos realizados nesta tese, foram usados conjuntos de imagens emocionais positivas, negativas e neutras, previamente apresentadas a grupos diferentes de voluntários e, em seguida, 3 questões intertemporais idênticas para todos os 42 voluntários participantes. A primeira questão trata do recebimento de salários em ordem crescente ou decrescente ao longo de 6 anos. A segunda questão referese ao valor mínimo exigido para valer a pena uma espera de 1 mês e para uma espera de 1 ano para receber R$ 1.000,00, e a terceira questão é referente a uma hospedagem ganha para usufruir em 1 mês, em um hotel 3 estrelas, ou, em 1 ano, em um hotel 5 estrelas. Com isso determinou-se a relação entre as imagens emocionais e as respectivas respostas pupilares, assim como as opções feitas para as três questões de escolha econômica intertemporal. Os resultados mostram que as imagens positivas e negativas proporcionaram uma maior dilatação pupilar em relação ao seu baseline e as imagens negativas foram responsáveis por alterar a lógica econômica. Para a primeira e terceira questões não se identificou interferências relevantes dos estímulos emocionais nas escolhas sendo que somente a metade dos voluntários, aproximadamente, optou por uma alternativa que propiciasse o maior ganho, independentemente do estímulo ao qual tenham sido previamente induzidos, indicando que o estímulo emocional, embora comprovadamente absorvido pelo voluntário por meio da mensuração da dilatação pupilar, não foi decisivo para interferir na escolha intertemporal nestas duas questões (primeira e terceira), pois sustentaram escolhas incoerentes independentemente do tipo de estímulo. Já, na questão 2, pôde-se observar que as pessoas ao se depararem com desconto de um futuro próximo (1 mês) e distante (1 ano) tomaram decisões distintas com a lógica econômica, pois os resultados do Desconto do Futuro 1 (DF1) e Desconto do Futuro 2 (DF2) foram distintos para 1 ano direto e para 1 mês anualizado, sendo que a teoria pressupõe DF1 igual a DF2. Esta tese é o primeiro estudo, que se tem conhecimento, a relacionar a interferência do estado emocional causado por imagens afetivas, e mensurado pela pupila, a decisões econômicas intertemporais |