Responsabilidade social corporativa no futebol: relações entre clubes profissionais e comunidades locais na Espanha e no Brasil
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário FEI, São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.31414/ADM.2023.D.131613 https://repositorio.fei.edu.br/handle/FEI/4777 |
Resumo: | A partir dos anos 1990, o futebol profissional inicia um processo de transformação dos clubes das grandes ligas europeias em empresas globais, sendo os processos de tomada de decisões cada vez mais pautados pelos interesses financeiros e de marketing. Ao mesmo tempo, os crescentes escândalos relacionados a casos de racismo, violência e corrupção aumentam a pressão por mudanças profundas em sua estrutura de governança associadas aos programas de Responsabilidade Social Corporativa (RSC). Um dos propósitos da RSC é a reconstrução da relação do clube com a comunidade local que, muitas vezes, está na origem de seu desenvolvimento, mas que se encontram distanciados como resultado da globalização. O objetivo da pesquisa foi analisar de que forma a RSC no futebol influencia a relação entre clube profissional e comunidade local, considerando-se o contexto de um país desenvolvido (Espanha) e de um país em desenvolvimento (Brasil). A abordagem metodológica adotou a revisão da literatura para definição de categorias analíticas (econômica, político-integrativa e ético-emocional) e o estudo de múltiplos casos, mediante análise documental e entrevistas qualitativas com representantes e stakeholders de um clube espanhol e outro brasileiro. Os resultados mostraram que as ações de RSC orientadas à comunidade se contrapõem à industrialização e contribuem para a reconciliação entre clube e comunidade (mais na Espanha, do que no Brasil). O aspecto ético-emocional assegura o vínculo entre as partes, mas abriga os fatores que podem desencadear a mobilização social da comunidade. À medida em que a relação entre clube e comunidade se fortalece, paradoxalmente, devido às ações de RSC ou pela mobilização social, supõe-se que a desconfiança e o enfrentamento das decisões organizacionais diminuem e que os aspectos econômicos e político-integrativos sejam induzidos pelos interesses da sociedade, tendo o clube o papel de agente de transformação social. Na prática, espera-se que os resultados possam guiar os clubes a planejarem ações de RSC orientadas à comunidade, bem como monitorar situações que possam acarretar a mobilização social |