Estereótipos da profissão contábil no Brasil: uma analise dos boletins do CRC SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ZANARDO, Gabriela Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: FECAP
Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Brasil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/jspui/742
Resumo: Desde a revolução industrial os indivíduos buscam profissões que mais lhe trarão status social. A primeira corrente da Teoria das Profissões defende que as profissões surgiram para atender necessidades da sociedade, entretanto, as teorias posteriores, e adotadas por esse trabalho, assumem que o principal objetivo de qualquer profissão é o status social. A fim de atender a esse objetivo é necessário que a sociedade crie uma representação positiva sobre a profissão e seus profissionais. As representações sociais são explicações não científicas sobre a realidade, tornando, de maneira acessível, objetos familiares e comuns a todo um grupo através da percepção histórica repleta de vieses cognitivos e distorções interpretativas de indivíduos sobre objetos. A literatura analisada indica que os estereotipos criados sobre o profissional contábil são predominantemente negativos, dificultando a captação de bons estudantes. Os órgãos de classe profissionais são os principais responsaveis pela profissão e almejam o status profissional. Diante disso, esse trabalho teve como objetivo identificar e analisar os estereótipos no discurso do órgão de classe profissional contábil brasileiro, no período de 1962 a 2014. Através de uma pesquisa qualitativa e exploratória criou-se uma seleção prévia de estereótipos selecionados através da literatura analisada que foram pesquisados nos 285 boletins informativos publicados pelo CRC SP. Os dados foram analisados a partir de uma recapitulação histórico-econômica e em paralelo com os principais marcos da contabilidade no Brasil. Os resultados obtidos confirmam a afirmação de Jeacle (2008) de que há relação entre os estereótipos negativos e positivos, já que em diversas décadas ambos tiveram o mesmo comportamento, quando houve confirmação dos negativos, os positivos também se confirmaram. Não foi possível estabelecer a mesma relação com o grupo de estereótipos neutros. Também foi possível confirmar a ruptura da representação ocorrida nas décadas de 80/90 mencionadas nos trabalhos de Bougen (1994); Dinmik e Felton (2006); Cotsa, Weffort; Cia (2011). E que, a partir de 2010, houve uma nova ruptura que retoma a imagem do profissional retratada nas primeiras décadas desse estudo (60/70). Os resultados também indicam que os profissionais se adaptam às mudanças externas alterando os signos de representações expostos à sociedade conforme contexto econômico, político e social.