Fé & contabilidade: estudo sobre a institucionalização do orçamento em uma instituição religiosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANTOS, Diego Henrique Moreira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: FECAP
Centro Universitário Álvares Penteado
Brasil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/jspui/789
Resumo: Organizações de prestação de serviços sociais têm ganho destaque na sociedade, pois a quantidade dessas organizações aumentou significativamente nos últimos anos. Dentro deste escopo, em constante crescimento, estão as instituições religiosas, mantenedoras de organizações educacionais multinacionais, e isso reflete a necessidade de práticas adequadas de gestão. O orçamento é uma ferramenta gerencial que auxilia os gestores no planejamento e acompanhamento das atividades da empresa em determinado período, e que pode gerar resultados satisfatórios se adequadamente utilizado, inclusive no terceiro setor. Visto isso, esta pesquisa tem como objetivo propor um modelo de avaliação do estágio de institucionalização do orçamento para as instituições religiosas. Para tanto, à luz da Teoria Institucional, especialmente de sua vertente Nova Sociologia Institucional (NIS), realizou-se uma pesquisa qualitativa, de estudo de caso único sendo realizado em uma Instituição de Ensino Superior (IES) pertencente ao terceiro setor, de caráter religioso. O modelo de avaliação institucional de Tolbert & Zucker (1999) foi aliado ao estudo das contradições institucionais de Seo e Creed (2002) e Wanderley e Soeiro (2016) para melhor compreensão do sucesso ou não da institucionalização do artefato. Os métodos de coleta de dados foram a análise documental, entrevistas com os gestores responsáveis por todas as etapas que envolvem o orçamento e questionários para os gerentes de departamentos. Os resultados apresentaram que a dimensão institucional processual apresenta aspectos fundamentais a serem melhorados, como o exercício das múltiplas funções do orçamento; os usuários do orçamento são heterogêneos, característica que favorece a institucionalização; a teorização, a variância na implementação e a taxa de fracasso foram identificadas como baixas, o que também favorece a institucionalização total do artefato, embora muitas deficiências tenham sido encontradas. As análises apontaram aspectos cerimoniais na utilização do orçamento, a sua baixa difusão e a existência de forte isomorfismo coercitivo, devido a controladora determinar o uso do orçamento a todas as controladas através do REA. Dada a percepção de um baixo nível de contradições institucionais pode-se considerar que a institucionalização do uso do orçamento se deu por legitimidade, mas que analisada segundo os três pilares institucionais de Scott (2001), percebe-se uma limitação no modelo de Seo e Creed (2002), pois pelo pilar Cultural-Cognitivo a institucionalização foi malsucedida, mas pelos pilares Regulatório e Normativo houve institucionalização do artefato, o que indica que a institucionalização do orçamento foi parcialmente bem-sucedida.