Relação entre os principais assuntos de auditoria e os riscos divulgados pela administração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: DINIZ, Francisco Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Centro Universitário Álvares Penteado
Brasil
FECAP
PPG1
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/833
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo geral identificar a relação existente entre os riscos destacados pelos auditores independentes por meio dos principais assuntos de auditoria (PAAs) e os fatores de risco evidenciados nos formulários de referência. Para alcançar os resultados, utilizou-se a metodologia de análise de conteúdo, cuja base foi Bardin (2016). Pesquisa de natureza qualitativa, a amostra foi constituída por 16 Companhias do setor de construção civil, de 2016 a 2018. Esse período culminou com vários fatores que influenciaram de forma negativa o ramo de construção civil no Brasil, como o impacto da operação Lava Jato, a redução de obras públicas e na venda de imóveis. O resultado geral indicou relação total existente de 42,96%, relação parcial de 14,07% e relação nula de 42,96%. As empresas Direcional Engenharia, EZ TEC, MRV e Construtora Tenda foram as que mais divulgaram os riscos identificados pela auditoria. Por outro lado, as companhias Adolpho Lindenberg, CR2, JHSF e João Fortes foram as que menos divulgaram. Exceto a JHSF, as empresas com as menores notas não pertencem a nenhum segmento de governança corporativa da B3 e possuem os Totais de Ativos menores. Identificou-se oito categorias de PAAs entre os 135 divulgados e uma média geral de 2,81 PAAs por companhia. Os mais considerados foram reconhecimento de receitas, impairment e provisões, que juntos representam 80,74%. Entre os que encontraram correspondência nos fatores de risco, provisões e reconhecimento de receitas totalizaram 84,48%. Constatou-se que os auditores usam redação semelhante para descreverem os PAAs, e que mais de 80% deles são repetidos, além do uso pelas companhias de cópias de trechos inteiros já evidenciados por outras empresas nos formulários de referência. Ao considerar que não se identificou pesquisas ligando os PAAs aos fatores de risco, esta pesquisa contribui ao oferecer novos conhecimentos aos auditores, às companhias, ao público investidor e à academia, possibilitando que os stakeholders compreendam melhor esses tipos de riscos nas organizações.