Hedge accounting no agronegócio brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CARVALHO, Wesley Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Centro Universitário Álvares Penteado
Brasil
FECAP
PPG1
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/852
Resumo: Esta pesquisa foi motivada pelo pressuposto de que a prática de hedge accotunting pode eliminar volatilidades no resultado causada por exposições à riscos de mercado, cujos riscos são substanciais nas empresas do agronégocio. Esses riscos são originados por suas atividades operacionais, os quais podem criar volatilidades nos fluxos de caixa devido à variabilidade dos preços, que, por consequência, impactam os resultados contábeis nas demonstrações financeiras, mais especificamente as rubricas de resultado operacional. Os principais riscos de mercado oirundos das atividades do agronegócio são, commodities e câmbio. Tais riscos podem ser protegidos por instrumentos financeiros, geralmente derivativos, que resultam de uma relação econômica conhecida por hedge, essa estratégia permite a redução da exposição aos riscos. A relação de hedge, quando registrada nas demonstrações financeiras, origina descasamentos contábeis. Quando a relação de hedge é designada para prática contábil hedge accounting, há a eliminação desses descasamentos, em geral, os resultados das parcelas efetivas do hedge são contabilizadas no patrimônio líquido até o momento em que o objeto de hedge for realizado ou quando o objeto de hedge e o instrumento são contabilizados a valor justo e são registrados imediatamente no resultado. Geralmente a parcela efetiva é registrada em rubricas de resultado operacional. Dessa forma, o objetivo geral desta pesquisa foi verificar se houveram indícios que demonstrem que a volatilidade da margem bruta (ΔMB) foi menor nas empresas do agronegócio que adotaram o hedge accounting no período de 2010 a 2018. As empresas da amostra são do agronegócio brasileiro e totalizaram um número de 219 observações, os dados foram abordados de forma quantitativa por meio de técnicas estatísticas, como; análise descritiva, testes de comparação de médias e análise de regressão. As variáveis de controle desta pesquisa são: Tamanho (TAM); moeda funcional dólar (MODFC); controle acionário (CTRAC); empresa de auditoria big four (BIGFOUR) e setor (SETOR). Segundo os resultados da regressão, os achados demonstram que há indícios de que empresas que adotam hedge accounting de câmbio (HACMB) possuem menor volatilidade na margem bruta (ΔMB) do que empresas que não adotaram, já para as empresas que adotaram o hedge accounting de commodities (HACDTY) os resultados apresentam o inverso do esperado, ou seja, os resultados mostram que empresas que adotaram o (HACDTY) possuíam maior volatilidade na margem bruta (ΔMB) do que empresas que não adotaram. No entanto, nas as estatísticas descritivas, os resultados foram inversos, ou seja, empresas que adotaram o (HACDTY) apresentaram menor volatilidade na MB do que empresas que não adotaram este tipo de hedge accounting e empresas que adotaram o (HACMB), apresentaram maior volatilidade na MB do que empresas que não adotaram este tipo de hedge accounting. Para sugestões de pesquisas futuras, uma contribuição seria a abordagem para outros países e comparara-los com as empresas no Brasil.