Mecanismos linguísticos (des)favoráveis para a readability das demonstrações financeiras: uma análise das empresas listadas no mercado de capitais brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PELEIAS, Fabiola D'Agostini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: FECAP
Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Brasil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/jspui/738
Resumo: O profissional contábil que atua na preparação das demonstrações financeiras, que devem ser claras, precisa considerar o grau de compreensão do usuário que utiliza a informação contábil. Por isso, deve buscar melhorar a qualidade da linguagem que utiliza na preparação dessas demonstrações. Nesse cenário, tem havido um aumento de estudos da readability e da necessidade de melhora na linguagem escrita das informações contábeis. O objetivo deste trabalho foi verificar os mecanismos linguísticos (des)favoráveis nas demonstrações financeiras de empresas listadas no mercado de capitais brasileiro, no idioma português brasileiro. Para isso, optou-se pela Linguística Textual como teoria de base, pois ela permite estudar as características gramaticais, semânticas e pragmáticas da língua. Ao considerar o objetivo proposto, foi construído um instrumento, que é um checklist de mecanismos (des)favoráveis apontados na literatura para as demonstrações financeiras. Para isso, dois constructos foram considerados: coesão e coerência. No instrumento, os mecanismos linguísticos favoráveis categorizados foram: pausa, elipse, estruturas simples, sentenças de até duas linhas, uso de conectores e a substituição. E os desfavoráveis foram: repetição de palavras, frases longas, estruturas complexas, quebra de paralelismo, falta de pausa, confusão no texto, polissílabas e jargão. Foram pesquisadas as demonstrações financeiras do exercício de 2015 das empresas do IBRX50 (BOVESPA) e para cada uma, foi aplicada a métrica de Flesch. Observou-se pouca variabilidade na nota de Flesch nas empresas. Foram então selecionadas três com maior Flesch e três com menor para análise no software Atlas TI, por meio dos códigos. Para cada um, foi elencado um mecanismo (des)favorável. Esses mecanismos foram observados nas seis demonstrações financeiras selecionadas. Todos os mecanismos favoráveis e desfavoráveis do instrumento foram observados nas demonstrações financeiras, em maior ou menor grau. Contudo, ao comparar esses resultados com as notas de Flesch, não se verificou relação entre eles. Esperava-se que empresas com maior Flesch para readability apresentariam mais mecanismos favoráveis, e empresas com menor Flesch, mais desfavoráveis. Entretanto, isso não ocorreu na amostra pesquisada. Assim, entende-se que a métrica de Flesch, sozinha, é insuficiente para a readability das Demonstrações, sendo necessário observar outros atributos qualitativos.