Aprendizagem de princípios éticos na infância, no ambiente escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sousa, Stella Lopes de lattes
Orientador(a): Streck, Gisela Isolde Waechter lattes
Banca de defesa: Brandenburg, Laude Erandi lattes, Fritsch, Rosângela lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdades EST
Programa de Pós-Graduação: Programa de Teologia
Departamento: Teologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.est.edu.br:8080/jspui/handle/BR-SlFE/947
Resumo: A proposta deste trabalho é possibilitar uma reflexão de como a formação ética escolar sustentada por uma prática ancorada no diálogo, na interdisciplinaridade e na ludicidade possibilita que crianças aprendam atitudes de respeito às diferenças. Discorre como uma educação ética, desde a infância, na escola, poderá contribuir para a construção de uma sociedade capaz de cuidar e de respeitar a diversidade presente em seus vários segmentos. Pauta-se na metodologia de pesquisa bibliográfica de fontes teóricas de modo a: conceituar ética, com o intuito de verificar a importância da aprendizagem do respeito na infância para a constituição humana; compreender a relevância do lúdico na construção do conhecimento; abordar sobre a importância do diálogo e da interdisciplinaridade na aprendizagem. A contextualização é elaborada principalmente a partir de Bauman e Leonardo Boff, que exploram as características da contemporaneidade que afetam a coexistência humana. Paulo Freire, Delors, Gaddotti, Morin, entre outros e outras foram escolhidos e escolhidas para a fundamentação teórica, porque ressaltam a necessidade de uma educação transformadora na atualidade. O conceito de ética, apresentado neste trabalho, apoia-se em Leonardo Boff, Marcos Alexandre Alves, Ghiggi e autores que conceituam ética como atitude de responsabilidade, de cuidado com o outro, e em Bittar que aborda a ética como algo relacional, construída na convivência, resultante de uma reflexão. A diversidade é explorada a partir de Dayrell, Gomes, e dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que localizam as diferenças como resultantes históricas e sociais, conceito importante para a orientação e o direcionamento da prática escolar de forma a romper com o desrespeito à diversidade. A defesa do diálogo como pilar para uma educação ética inicia-se a partir de Freire, Hermann, que defendem o diálogo como espaço de formação, que possibilita o acesso a diferentes realidades, a partir do conhecimento do outro. A interdisciplinaridade é conceituada a partir de Morin, Lück e autores e autoras que a consideram imprescindível para a compreensão global da realidade e para a formação de atitudes sociais responsáveis. Luckesi, Borba, Rojas, Rubem Alves, Pereira, Vygotsky são alguns teóricos e teóricas, citados e citadas, para a reflexão da importância do brincar, do prazer, na formação humana. A abordagem do desenvolvimento infantil recorre à sociologia infantil, à antropologia, à psicologia para uma melhor compreensão da criança, dialogando com Piaget, Vygotsky, Wallon, Corsaro, entre outros e outras que trazem conceitos relevantes. Decerto que, uma educação escolar, que permita o diálogo entre as crianças e entre os diferentes segmentos escolares; que possibilite o diálogo entre os diferentes componentes curriculares e entre os diferentes saberes; que busque práticas lúdicas, interativas e reflexivas; contribuem para uma formação de pessoas com atitudes éticas pautadas no respeito às diferenças.