As representações espaciais e a geopolítica popular no Brasil: o Atlântico Sul como uma geografia imaginativa
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Escola Superior de Guerra
Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (PPGSID) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.esg.br/handle/123456789/1588 |
Resumo: | A geopolítica crítica é uma abordagem teórica que surge no final da Guerra Fria no mundo anglófono, com influência principalmente das teorias do discurso e pós-estruturalistas. O mundo passa a ser compreendido, por esse campo teórico, como uma construção discursiva. Portanto, os espaços não são dados, mas são representados e assim, demarcados por atores sociais. A partir de uma revisão bibliográfica, notamos uma lacuna no que se refere a pesquisas sobre a geopolítica crítica, de modo específico, a geopolítica popular – discursos do cotidiano, incluídos os das mídias e da cultura popular – no Brasil sobre o espaço sul-atlântico. Assim, essa dissertação contribui para incluir um olhar brasileiro na agenda de pesquisa da geopolítica crítica. Buscamos aqui questionar como as forças armadas têm buscado representar o espaço sul-atlântico a partir do lançamento do conceito de Amazônia Azul em 2004? Nesse sentido, o objetivo geral dessa dissertação é analisar as representações dos discursos geopolítico popular que constituem o espaço denominado Atlântico Sul entre 2004 e 2018. Para responder essa pergunta, buscamos adotar uma metodologia pautada na Análise do Discurso de Fairclough. Essa abordagem possibilita analisar desde textos, práticas discursivas e até práticas sociais. Optamos por analisar textos de três revistas em quadrinhos, focando na identificação de três tópicos analíticos dos textos: pressuposição, predicação e metáfora. Utilizaremos de forma complementar, pronunciamentos de Ministros da Defesa, Documentos de Defesa do Brasil e da Marinha do Brasil (MB), e outras fontes relacionadas as mídias e a cultura popular. Por fim, concluímos que as forças armadas buscam emitir representações espaciais através de discursos geopolíticos populares para produzir na sociedade uma concepção de espaço oceânico militarizado e estratégico. Essa iniciativa busca chamar atenção da sociedade brasileira a respeito da necessidade de preservar e proteger a propriedade e a soberania do Brasil sobre o espaço marítimo e seus recursos. A análise desenvolvida permite entender como a MB tem se empenhado cada vez mais no projeto de construção de uma mentalidade marítima nacional, por meio do incentivo da produção de discursos populares. |