Aquisição e desenvolvimento de tecnologias, produtos ou sistemas de defesa: instrumento para capacitação operacional de combate e industrial e tecnológica específicas para defesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Machado, Emilia Teixeira de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola Superior de Guerra (Campus Rio de Janeiro)
Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (PPGSID)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.esg.br/handle/123456789/1292
Resumo: Modernamente, em especial para países do porte do Brasil, o significado do termo “capacidade militar” não pode mais ser entendido apenas como um sinônimo de capacidade operacional de combate. Isto porque, após a Segunda Guerra Mundial e, cada vez mais, capacidade militar significa, também, capacidade industrial, de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), e de gestão estratégica de aquisições, para suprir as forças combatentes com meios modernos, em constante evolução, e sustentar o seu emprego nas operações de combate. A consequência dessa constatação é que a defesa de países do porte do Brasil, depende de dois essenciais Instrumentos de Defesa. Um deles, as Forças Armadas (FFAA), tem como finalidade prover as capacidades operacionais de combate necessárias para enfrentar ameaças em diversas condições de cenários que se apresentem. O outro instrumento, tão essencial quanto o primeiro, é a Base Logística de Defesa (BLD), cuja finalidade é prover uma capacidade de logística de defesa, destinada a suprir as FFAA com meios de combate modernos e equivalentes aos das principais ameaças e sustentar suas operações. Na maioria dos países com alguma relevância militar essas duas capacidades são providas por instituições distintas. Contrariamente ao que acontece no Brasil, nesses países a BLD é gerida por instituições, altamente profissionais e especializadas em logística de defesa, não subordinadas às FFAA. Por isso, um dos principais objetivos dessa pesquisa foi encontrar algumas repostas para esse distanciamento do Brasil em relação às boas práticas internacionais. O foco da pesquisa foi o entendimento que diversos atores envolvidos com defesa têm em relação à essencialidade da BLD como Instrumento de Defesa. Uma das atividades de logística de defesa mais importantes é a de desenvolvimento e aquisição de produtos complexos de defesa. Foi dada uma atenção especial a essa atividade, porque ela é estratégica para o desenvolvimento e sustentação de ambos os Instrumentos de Defesa: as FFAA e a BLD. Dessa forma, o entendimento sobre a principal finalidade dessa atividade foi utilizado na pesquisa como um proxy para a percepção da importância relativa dos dois Instrumentos da Defesa por esses atores. Embora esta possa ser considerada uma pesquisa de caráter exploratório, os resultados indicam que é realmente baixa a percepção de que, modernamente, a BLD é um Instrumento de Defesa tão ou mais importante do que as próprias FFAA. A pesquisa mostrou, também, evidências de que muitos dos problemas que ocorrem nos processos de aquisição de defesa em outros países também ocorrem no Brasil.