Obtenção de carotenóides e flavonóides a partir do bagaço do pedúnculo do caju por maceração enzimática e prensagem.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: BARBOSA, M. M.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/861487
Resumo: Os corantes artificiais, tais como amarelo sólido e laranja GGN, vêm preocupando a população mundial por sua natureza tóxica. Em substituição a esses compostos, fontes alternativas de corantes naturais estão sendo buscadas pelos pesquisadores. O bagaço do pedúnculo do caju, subproduto da indústria de sucos, apresenta quantidade apreciável de carotenóides, compostos com poder corante e biologicamente ativos, além de apresentar teor de flavonóides, sendo uma fonte promissora de corantes naturais. Este trabalho teve como objetivo estudar a obtenção de carotenóides e flavonóides a partir do bagaço do pedúnculo do caju por maceração enzimática. Para o estudo da maceração foi utilizado o bagaço de caju proveniente da indústria e um complexo enzimático pectinolítico. Na primeira etapa do trabalho, selecionaram-se os melhores parâmetros de proporção bagaço: água, concentração enzimática, tempo e temperatura de maceração, em escala de bancada, cujo procedimento baseou-se na determinação do parâmetro b de cor instrumental. Definidos esses parâmetros, os experimentos foram conduzidos em escala de planta piloto, nas quais os extratos foram obtidos por cinco ciclos de prensagem/diluições sucessivas. O extrato foi centrifugado, obtendo-se um resíduo e um sobrenadante, que foi concentrado a vácuo. Foi realizada caracterização físico-química dos extratos brutos, concentrados e do resíduo. Os resultados revelaram que as melhores condições de maceração do bagaço do caju para a obtenção de carotenóides foram a temperatura de 30°C, proporção 1:1 (bagaço: água), adição de 500 ppm de complexo enzimático pectinolítico e tempo de incubação de 1 hora. Já para o teor de flavonóides,a adição de preparado enzimático pectinolítico, combinado com um aumento de 10°C na temperatura, aumentaram o teor desses compostos nos extratos. A concentração do extrato resultou em perda dos teores de carotenóides, vitamina C e compostos fenólicos, gradativamente, com o aumento dos níveis de concentração.