Demanda e intensidade do uso de materiais básicos em economias recentemente industrializadas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SANTOS, D. T. dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/975299
Resumo: Esta tese tem o objetivo de avaliar a evolução do dinamismo de longo prazo da demanda de materiais básicos de uso industrial, ocasionado pelo crescimento de alguns países recentemente industrializados, principalmente a China. A hipótese subjacente é que o dinamismo da demanda de materiais varia segundo o nível de desenvolvimento econômico. Um dos efeitos do crescimento chinês sobre a economia brasileira foi o reforço da inserção na economia mundial por meio da oferta de commodities básicas. Apesar dos fortes efeitos dinamizadores que o crescimento da demanda desses materiais tem exercido neste início de século sobre várias economias produtoras desses bens, permanece a interrogação sobre a continuidade no longo prazo desse movimento. A experiência histórica dos países mais avançados aponta para uma perspectiva de diminuição da intensidade do uso de alguns materiais, como resultado de inovações tecnológicas e modificações nos padrões de consumo. Cabe, portanto, avaliar se, em um horizonte temporal mais largo, tal redução pode difundir-se através de algumas economias de industrialização recente e limitar o dinamismo de uma inserção internacional especializada na oferta desses materiais. Para isso, a metodologia da pesquisa se apoiou em revisões da literatura sobre a teoria do desenvolvimento e intensidade do uso de materiais em países com graus diferenciados de industrialização. Ademais, levantamentos empíricos permitiram compor um quadro de informações quantitativas para papel e papelão, aço, cimento e alumínio, os quais serviram de subsídio para a construção de indicadores de intensidade do uso. As conclusões do trabalho apontam para uma queda na intensidade do uso nos países desenvolvidos, caracterizando um processo de desmaterialização em curso. Já em algumas economias de industrialização recente como a China, em dois dos quatro materiais estudados - cimento e aço - a perspectiva é claramente de esgotamento do dinamismo decorrente do crescimento do consumo chinês.