USO DE AMÊNDOAS DE MANGA NO DESENVOLVIMENTO DE FILMES E COMPÓSITOS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: RIBEIRO, H. L.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1171416
Resumo: Em resposta à crise ambiental causada pelo acúmulo de plásticos à base de petróleo, torna-se imperativo desenvolver materiais biodegradáveis como alternativas viáveis. O amido surge como uma opção para a fabricação de bioplásticos. Neste contexto, subprodutos industriais como a amêndoa de manga representam uma alternativa para a criação de novos materiais. Para competir com polímeros tradicionais, é crucial aprimorar suas propriedades e expandir a produção. Neste estudo, investigamos a modificação química de amido de milho (AM) e amido da amêndoa de manga (AAM) por meio da esterificação com anidrido maleico, utilizando filmes obtidos via casting. A viabilidade dos compósitos de farinha de amêndoa de manga (FAM) foi avaliada usando um delineamento composto central com três variáveis: concentração de glicerol, temperatura de processamento e proporção de FAM. A adição de anidrido maleico promoveu uma redução da viscosidade das soluções filmogênicas dos filmes de amido a partir da menor concentração avaliada. Essa mudança se deve a uma provável hidrólise das cadeias dos amidos e isso se reflete no desempenho dos materiais. A modificação química melhorou a resistência à tração, o módulo de elasticidade e reduziu a solubilidade em água. Todos os filmes apresentaram uma propriedade de barreira à luz ultravioleta, mantendo uma transparência superior a 95%. Para os compósitos de FAM e AM, foram obtidos diversos materiais com características distintas. A resistência à tração variou entre 0,67 e 9,53 MPa. Os resultados obtidos permitiram identificar que os parâmetros avaliados possuem impacto significativo nos compósitos obtidos, permitindo a obtenção de modelos que descrevam as propriedades de resistência à tração, alongamento na ruptura, módulo de elasticidade, perda de matéria solúvel, componentes a* e b* do CIELAB e barreira UVA. Este trabalho contribui para o avanço no desenvolvimento de materiais de embalagem biodegradáveis e sustentáveis, em linha com os esforços globais para a substituição de plásticos derivados do petróleo e a mitigação dos impactos ambientais associados ao descarte inadequado de polímeros sintéticos.