Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, S. C. G. |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/334107
|
Resumo: |
Visando à busca de soluções para amenizar o destino dos dejetos líquidos de suínos, e dar subsídio para o sistema de suínos confinados, a utilização destes resíduos na agricultura fez-se necessária. O objetivo deste trabalho foi avaliar os teores de amônio (N-NH4+) e nitrato (N-NO3-) lixiviados nos percolados provenientes das aplicações de dejetos líquidos de suínos e adubo mineral, durante duas safras consecutivas. No primeiro ano (2004/2005) cultivou-se soja, utilizando doses de 25 e 100 m3 ha-1 de dejetos líquidos de suínos (DLS) e 370 kg ha-1 do formulado 02-20-18, correspondentes à 16,2, 65 e 7,4 kg ha-1 de N; e 4,3, 17,4 e 74 kg ha-1 de P2O5 e 33,5, 134 e 66,6 kg ha-1 de K2O, respectivamente. No segundo ano (safra 2005/2006) cultivou-se milho, utilizando doses de 50 e 200 m3 ha-1 DLS e 540 kg ha-1 do formulado 04-14-08, correspondentes à 30 e 120 kg ha-1 de N e 122 kg ha-1 (22,8 kg ha-1 de N + 100 kg ha-1 de N na forma de uréia em cobertura aos 45 dias após o plantio); 5,0, 20,0 e 79,8 kg ha-1 de P2O5 e 60,0, 240,0 e 45,6 kg ha-1 de K2O. Durante a safra mediu-se a quantidade de água percolada por meio de lisímetros conforme a precipitação ocorrida na área. As perdas de água percoladas foram influenciadas e proporcionais à precipitação pluvial nos dois experimentos. Ocorreram lixiviações de nitrogênio nos dois experimentos e todos os tratamentos, independentemente das doses utilizadas. A lixiviação do nitrogênio foi proporcional a água percolada, ou seja, quanto maior a precipitação pluvial ocorrida, maior a percolação de água e maiores foram os teores de N no lixiviado. No ano em que se cultivou soja, os maiores teores de N-NH4+ detectados no lixiviado foram 2,14 mg L-1 e 2,84 mg L-1, aos 80 e 90 dias após aplicação dos dejetos, com a dose de 25 m3 ha-1 de DLS. Os maiores teores de N-NO3- determinados no lixiviado foram de 4,1 mg L-1 a 5,8 mg L-1, aos 60 e 85 dias após aplicação dos dejetos, com a dose de 100 m3 ha-1 de dejetos líquidos de suínos. No segundo ano, durante a safra 2005/2006, com a cultura do milho, os maiores teores de N- NH4+ determinados no lixiviado, foram 1,95 mg L-1 e 2,34 mg L-1, correspondentes aos 50 e 75 dias após aplicação dos dejetos, com a dose de 200 m3 ha-1 de DLS. Os maiores teores de N-NO3- detectados no lixiviado, foram de 3,66 mg L-1 e 5,16 mg L-1, entre 50 e 75 dias após aplicação dos dejetos, com a dose de 200 m3 ha-1 de dejetos. Os teores de N-NH4+ no percolado foram acima de 1,5 mg L-1, sugerindo possível contaminação da água subterrânea por N-NH4+. Todos os teores de N-NO3- no percolado avaliados estavam abaixo do teor de contaminação determinado pela Organização Mundial de Saúde, correspondente a 10 mg L-1 de N-NO3-. Porém, a dose de 100 m3 ha-1 de dejetos líquidos de suínos apresentou maior freqüência de elevados teores de N-NO3- no percolado e, também, maiores perdas acumuladas de N por lixiviação. As perdas totais de N, no ciclo de desenvolvimento da soja, com tratamentos de 25 e 100 m3 ha-1 de dejetos líquidos de suínos e com adubação mineral foram de 6,8; 3,8 e 2,6 kg ha-1, respectivamente. As perdas de N, durante o ciclo de desenvolvimento da cultura do milho, com as doses de 50 e 200 m3 ha-1 de dejetos líquidos de suínos e com adubação mineral foram de 14,5, 18,6 e 13,5 kg ha-1 respectivamente, sendo a dose de 200 m3 ha-1 de dejetos líquidos de suínos, a que promoveu maiores teores de N-NO3- no percolado e, também, a que obteve maiores perdas acumuladas de N por lixiviação. As perdas de água por percolação não são influenciadas pelos volumes de dejetos líquidos de suínos aplicados; com a aplicação de doses elevadas de dejetos líquidos de suínos é verificada maior freqüência de elevados teores de N-NO3- no percolado; Há maiores perdas de N-NO3- do que de N-NH4+ por lixiviação; as menores perdas acumuladas de N são obtidas com adubação mineral. |