Vulnerabilidade de sementes de Cenostigma pyramidale (TUL.) aos estresses abióticos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MATIAS, J. R.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1171783
Resumo: Os fatores externos poderão retardar, inibir ou promover a germinação. Compreender os mecanismos utilizados neste processo é de extrema relevância na medida em que permite, por exemplo, o uso da espécie nas situações futuras de maior intensidade dos estresses ambientais. A tolerância insuficiente das plantas a fatores ambientais adversos pode ameaçar a viabilidade da espécie. Sobreviver sob estresses depende da habilidade das espécies vegetais em perceber o estímulo, gerar e transmitir o sinal, apresentando alterações tanto fisiológicas quanto bioquímicas e enzimáticas. No capitulo 1, objetivou-se avaliar a germinação, vigor e o metabolismo de dois acessos de Cenostigma pyramidale, sob condições de salinidade e restrição hídrica em diferentes temperaturas. Para simular os estresses, utilizou-se soluções de cloreto de sódio e polietilenoglicol com potenciais osmóticos de -0,1; -0,2, -0,4; -0,6 MPa e -0,1; -0,2; - 0,3; -0,4 MPa, respectivamente. Para cada tratamento, utilizou-se 100 sementes, divididas em quatro repetições. Avaliou-se o índice de velocidade de germinação, número de plântulas normais, comprimento e massa seca das raízes e partes aéreas. Além disso, determinou-se o teor de proteínas totais, aminoácidos livres e açúcares solúveis totais. A temperatura influencia na tolerância das sementes de C. pyramidale à restrição hídrica e salinidade. Os açúcares solúveis totais, proteínas totais e aminoácidos, presentes em plântulas de C. pyramidale, respondem como indicadores de tolerância desta espécie aos estresses abióticos. Os acessos de C. pyramidale sob estresses abióticos respondem diferentemente quanto à germinação, vigor e metabolismo, tendo o da Bahia apresentado tolerância à salinidade superior ao do Rio Grande do Norte. No segundo capítulo, o objetivo foi avaliar a germinação e atividade de enzimas antioxidantes em dois acessos de Cenestigma pyramidale sob restrição hídrica e salinidade, em diferentes temperaturas. Os acessos foram provenientes da Bahia e do Rio Grande do Norte. A germinação foi conduzida sob temperaturas de 25, 30 e 35 °C durante 14 dias, considerando-se germinadas as que apresentavam a protrusão de raiz. Para a atividade das enzimas antioxidantes, catalase, peroxidase e superóxido dismutase, sob temperaturas de 30 e 35 °C, a salinidade e restrição hídrica foram simuladas para os potencias osmóticos de -0,1 e -0,4 MPa e de -0,1 e -0,3 MPa, respectivamente. Para isso, coletou-se os eixos embrionários com 2 e 4 mm e seus respectivos cotilédones. Os acessos de C. pyramidale diferem no mecanismo enzimático adotado na sinalização aos estresses abióticos. A temperatura influencia na tolerância de sementes de C. pyramidale à salinidade e restrição hídrica. As atividades das enzimas antioxidativas em eixos embrionários e cotilédones de plântulas de C. pyramidale variam entre os acessos, temperaturas e estresses. A avaliação de diferentes acessos permitiu amplo entendimento da germinação e dos mecanismos bioquímicos e enzimáticos durante o processo germinativo, sob estresses abióticos.