Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Kercia Pinheiro |
Orientador(a): |
Veras, Patrícia Sampaio Tavares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28048
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Resumo: |
Estudos anteriores realizados em nosso laboratório demonstraram que macrófagos de camundongos CBA controlam a infecção por L. major, mas são permissivos à infecção por L. amazonensis. Utilizando uma abordagem proteômica, foram identificadas proteínas diferentemente expressas por esses macrófagos frente à infecção por essas espécies de Leishmania, entre elas a Proteína Translocadora (TSPO), positivamente modulada em macrófagos infectados por L. major em comparação aos infectados por L. amazonensis. A TSPO encontra-se localizada, principalmente, na membrana mitocondrial externa e participa de diversas funções como o transporte de colesterol, proliferação celular, apoptose e resposta imune. OBJETIVO: O presente estudo objetivou avaliar a participação da TSPO sobre o curso da infecção de macrófagos derivados de medula óssea (BMMΦ) por L. amazonensis ou L. major. A nossa hipótese foi que a TSPO está associada ao controle da infecção BMMΦ por L. major. MATERIAL E MÉTODO: Inicialmente, realizamos a validação da expressão da TSPO por western blot. Posteriormente, após promover o silenciamento ou superexpressão da TSPO em BMMΦ, investigamos o papel desta proteína no curso da infecção por Leishmania analisando, em diferentes tempos, o percentual de infecção, a carga parasitária e a viabilidade intracelular. RESULTADOS: Por meio da validação por western blot, confirmamos os dados da proteômica, que há aumento em 49% da expressão da TSPO em BMMΦ infectados por L. major em comparação com a infecção por L. amazonensis (Teste t de Student, *p < 0,05). Quando comparadas com as células BMMΦ-controle, BMMΦ-TSPOdown apresentaram um aumento não significativo de 11% no percentual de infecção por L. amazonensis nos tempos de 12h de infecção e de 12h seguidas de adicionais 48h de incubação, e de 20% e 17% na infecção por L. major nos tempos de 12h de infecção e de 12h de infecção seguidas de adicionais 48h de incubação, respectivamente. As células BMMΦ-TSPO apresentaram uma diminuição não significativa de 11% e 22% no percentual de infecção por L. amazonensis após 6h de infecção e 12h de infecção seguida de adicionais 48h de incubação, respectivamente, e de 15% quando infectadas por L. major após 12h de infecção seguidas de 24h de incubação, quando comparadas com as células BMMΦ-Vazio. Adicionalmente, demonstramos que a superexpressão da TSPO em BMMΦ levou à diminuição de cerca de 63% na viabilidade intracelular de L. major, mas não causou efeito sobre a viabilidade de L. amazonensis. CONCLUSÃO: Em conjunto, nossos dados indicam que a TSPO tem efeitos distintos no curso da infecção de BMMΦ por essas espécies de Leishmania, pois o aumento da expressão da TSPO tem efeito negativo na sobrevivência intracelular de L. major mas não afeta a sobrevivência de L. amazonensis. Estudos adicionais serão realizados para avaliar a produção de citocinas proinflamatórias e moléculas leishmanicidas nas células com expressão modulada da TSPO e infectadas por L. amazonensis ou L. major, objetivando investigar a relação da produção dessas moléculas e o papel da TSPO no curso da infecção. |