Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Camilla de Medeiros de |
Orientador(a): |
Caldeira, Roberta Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10040
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Resumo: |
Moluscos da família Lymnaeidae Rafinesque, 1815, atuam como hospedeiros intermediários do trematódeo Fasciola hepatica Linnaeus, 1758, agente etiológico da fasciolose, doença parasitária de importância médica e veterinária. As áreas mais críticas onde a doença representa um problema de saúde pública estão localizadas nos países Andinos (Bolívia, Peru, Chile, Equador), região do Caribe (Cuba), norte da África (Egito) e Europa ocidental (Portugal, França e Espanha). Estima-se que mais de 20 milhões de pessoas encontram-se infectadas em todo o mundo. A variabilidade na morfologia da concha e a uniformidade na anatomia interna são características de vários gêneros e espécies da família as quais dificultam a determinação específica. Os objetivos do presente trabalho foram: 1) Analisar a morfologia de espécimes tipo ou topótipos das espécies Galba viatrix d'Orbigny, 1835, G. truncatula (Müller, 1774), G. cubensis Pfeiffer, 1839, Lymnaea rupestris Paraense, 1982 e Pseudosuccinea columella (Say, 1817) e compará-las com limneídeos procedentes do Brasil; 2) Elucidar a localidade tipo de P. columella; 3) Refinar e definir novos caracteres morfológicos que possam ser utilizados na identificação; 4) Rever e retificar a taxonomia dos limneídeos do acervo da coleção Fiocruz-CMM; 5) Elaborar mapas de distribuição geográfica dos limneídeos brasileiros. Através das análises dos topótipos e de exemplares coletados no Brasil foram confirmadas a presença de G. viatrix, G. truncatula, G. cubensis e P. columella. Um neótipo é proposto para P. columella, considerando o desconhecimento da localidade tipo e a invalidade da série tipo para essa espécie. As diferenças evidenciadas entre as espécies de limneídeos foram encontradas principalmente na concha (microescultura e formato), sistema digestivo (estômago e glândulas salivares) e sistema reprodutor (oviduto, próstata, complexo peniano, vesicular seminal e ovotestis). Após avaliação e retificação, o acervo Fiocruz-CMM ficou composto por sete espécies em um total de 98 pontos de coleta, sendo 64 (65.3%) identificados com exemplares da espécie P. columella, 14 (14.3%) com G. truncatula, oito (8.2%) com G. cubensis, sete (7.1%) com G. viatrix, dois (2%) com L. diaphana King, 1830, dois (2%) com L. peregra (Müller, 1774) e um (1%) com L. stagnalis (Linnaeus, 1758). Após o levantamento da ocorrência das espécies no Brasil registrou-se: P. columella em 400 municípios (95,7%), G. viatrix em 10 (2,4%), G. cubensis em seis (1,4%), G. truncatula em três (0,7%) e L. rupestris em um (0,2%). Pela primeira vez, foi elaborado mapas de distribuição de limneídeos no Brasil. |