Análises filogenéticas e Biogeográficas em Thylamys (Mammalia: Didelphimorphia)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Cíntia Povill de
Orientador(a): Bonvicino, Cibele Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13992
Resumo: Thylamys é um gênero de marsupial sulamericano que a taxonomia ainda não esta bem estabelecida, e o número de espécies reconhecidas variam de nove a 13, segundo diferentes autores. Pelo menos três espécies ocorrem no Brasil, Thylamys karimii no Cerrado e Caatinga, T.velutinus no Cerrado e áreas de transição, e T.macrurus no Cerrado. Esse trabalho teve como objetivo analisar características morfológicas diagnósticas paras identificar T. karimii, T. macrurus e T. pusillus, realizar análises filogenéticas e biogeográficas com o marcador mitocondrial Citocromo b e filogenéticas com o marcador nuclear éxon 28 do fator de von Willebrand. Foram montados cariótipos de T. karimii e T. venustus, que foram comparados com os cariótipos conhecidos para as espécies de Thylamys. Este estudo mostrou que T.karimii, T.macrurus e T.pusillus possuem caracteristicas morfológicas diagnósticas como: bula e forame palatal postero-lateral grandes em T. karimii e pequenos em T.macrurus e T.pusillus; fenestra palatina pequena em T.karimii e robusta em T.macrurus e T.pusillus; canal da carótida mais aberto na vista ventral em T.karimii, e menos aberto em T.macrurus e T.pusillus; cauda longa em T.macrurus e T.pusillus, e cauda curta em T. karimii; garras que ultrapassam o limite das pontas dos dedos em T. karimii, e não ultrapassam nas outras duas espécies O cariótipo de T.karimii e T.venustus é 2n=14 e NF=20. O 2n é similar em todas as espécies, mas o número fundamental dos cariótipos publicados para T. elegans, T.pusillus e T. velutinus diferem devido à interpretação da morfologia dos cromossomos. A morfologia do cromossomo sexual X também pode variar entre as diferentes espécies. As análises de Máxima Verossimilhança e Inferência Bayesiana mostram T. karimii e T. velutinus em um clado à parte do restante das espécies. A análise de datação mostrou duas radições quase concomitantes, uma com T. karimii e T. velutinus no Cerrado e Caatinga, e a outra com o restante das espécies. Essas radiações concomitantes podem ter ocorrido no Mioceno Médio, quando houve a formação de mares epicontinetais formados após introgressão marinha e esses mares podem ter influenciado a dispersão de indivíduos do gênero Thylamys