Avaliação de abordagens sorológicas para a discriminação das formas agudas e crônicas da esquistossomose mansônica humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Beck, Lílian Christina Nóbrega Holsbach
Orientador(a): Montenegro, Silvia Maria Lucena, Favre, Tereza Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3938
Resumo: A diferenciação entre as fases aguda e crônica da esquistossomose se baseia em dados clínicos e epidemiológicos associados ao diagnóstico sorológico. Essa diferenciação é importante para definir o tratamento, pois este, nos casos agudos alivia as manifestações alérgicas e evita a evolução e o agravamento do quadro clínico. Vários testes têm sido propostos para diferenciar essas fases clínicas, porém as discordâncias entre os autores justificam uma reavaliação do tema. Para o estudo foram selecionados 54 pacientes com a fase aguda, oriundos de Porto de Galinhas, Ipojuca-PE, 54 pacientes com a fase crônica e nove pacientes com outras helmintoses, ambos oriundos São Lourenço da Mata-PE. O grupo controle foi formado por 15 indivíduos com diagnóstico negativo para S. mansoni e sem história de banho de rios, residentes no município do Recife-PE. Os anticorpos IgG, IgM e IgA contra SEA, IgG e IgM contra KLH e SWAP e IgG e IgA contra o antígeno recombinante Sm14 foram quantificados através de ELISA (enzyme linked immunosorbent assay). A curva ROC (receiving operating characteristics) foi empregada para avaliar a capacidade dos antígenos de diferenciar as duas fases clínicas. Os anticorpos IgA anti-SEA (AACs = 0,877) e o IgM anti-KLH (AACs = 0,825) demonstraram maior capacidade para discriminar o grupo de pacientes agudos dos crônicos. Os níveis de anticorpos IgG anti-SEA (AACs = 0,847) e anti-SWAP (AACs = 0,958) não só mostraram melhor capacidade para diferenciar os grupos dos pacientes agudos e dos indivíduos sem esquistossomose, mas também diferenciaram o grupo dos pacientes crônicos daquele sem esquistossomose (AACs = 0,720 e AACs = 0,905, respectivamente). Os níveis de IgG anti-SEA (AACs = 0,784) e anti-SWAP (AACs = 0,931) permitiram discriminar o grupo de agudos e crônicos em conjunto (infectados) daqueles não infectados com S. mansoni. O antígeno Sm14 não mostrou eficiência em nenhum dos testes utilizados. Os dados mostram que é possível discriminar os pacientes esquistossomóticos agudos dos crônicos, utilizando uma combinação de testes sorológicos, baseado em ELISA avaliando os níveis de IgA anti-SEA e IgM anti-KLH, em associação com os dados clínicos e epidemiológicos