Diversidade de gênero e o processo formativo dos/das ACS na atenção em saúde do município de Miguel Pereira - RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Erica Aparecida Monsores da
Orientador(a): Moraes, Danielle Ribeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: EPSJV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30892
Resumo: Neste trabalho busquei mapear as estratégias formativas sobre a temática de diversidade de gênero e sexualidade, voltadas aos agentes comunitários de saúde (ACS) de Miguel Pereira (RJ), bem como identificar as percepções dos/as ACS sobre esta temática. Sua trajetória está orientada pela minha implicação como mulher moradora e usuária do SUS neste município, interessada nos feminismos e no debate sobre gênero. Utilizei abordagem qualitativa e exploratória, que combinou a análise de documentos institucionais representativos da política municipal de saúde, entrevista com gestores, anotações de campo das impressões sobre um encontro com ACS do município e análise de percepções de 19 ACS sobre gênero e diversidade, obtidas a partir de um instrumento autoaplicado. A trajetória e os resultados apontam para o silenciamento, do ponto de vista institucional, deste debate na formulação da política municipal de saúde, bem como a inexistência de estratégias de formação específicas voltadas às ACS. As ações ficam geralmente centradas em campanhas previstas para a atenção básica, ou em atividades normativas de sala de espera. Essas ações deslocam a ideia de integralidade da atenção para a fragmentação de atividades de prevenção e educação sanitária voltadas à atuação sobre o corpo biológico, numa perspectiva de medicalização e de perpetuação das desigualdades de gênero. Ao passo em que as percepções sobre as práticas parecem apontar para a reprodução de estereótipos de gênero, por outro lado, as ACS reconhecem a formação e o debate sobre gênero e diversidade como fundamental para seu trabalho e o cotidiano dos serviços.