Papel imunossupressor da indoleamina 2,3 dioxigenase da Hanseníase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Sales, Jorgenilce de Souza
Orientador(a): Sarno, Euzenir Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4140
Resumo: Os mecanismos que levam a ausência de resposta imune celular no pólo lepromatoso da hanseníase frente ao Mycobacterium leprae permanecem obscuros. Estudos anteriores mostraram que fatores secretados pelos macrófagos de pacientes lepromatosos inibem a proliferação de linfócitos de indivíduos saudáveis, sugerindo que fatores endógenos produzidos por células da linhagem mielóide podem exercer uma atividade supressora nas células T. Recentemente, diversos estudos têm demonstrado a participação da enzima indoleamina 2,3 dioxigenase (IDO) na supressão das células T, indicando que mudanças bioquímicas devido ao catabolismo do triptofano têm efeitos na proliferação dessas células. No presente trabalho nós demonstramos que os pacientes com a forma clínica lepromatosa apresentam uma maior expressão de IDO em biópsias de pele e maior atividade de IDO no soro quando comparados com pacientes com a forma tuberculóide e que o M. leprae induz a expressão e a atividade de IDO em monócitos de indivíduos saudáveis e de pacientes lepromatosos. Além disso, observamos que o M. leprae induz aumento na atividade de IDO nas células dendríticas derivadas de monócitos de indivíduos saudáveis e que esta atividade aumentada de IDO contribui para o aumento percentual de linfócitos expressando a molécula supressora CTLA-4, sugerindo que IDO participe na anergia T antígeno específico observada em pacientes com a forma lepromatosa da doença