História da homossexualidade: ciência e contra-ciência no Rio de Janeiro (1970-2000)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Belmonte, Pilar Rodriguez
Orientador(a): Venancio, Ana Teresa A.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6145
Resumo: Esta tese analisa as representações em torno da homossexualidade presentes no discurso científico e contra-científico entre os anos de 1970 a 2000, no Rio de Janeiro, em torno das áreas da psiquiatria e da psicologia. As fontes primárias científicas referem-se às teses e dissertações produzidas na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na Pontifícia Universidade Católica, bem como artigos do Jornal Brasileiro de Psiquiatria. A produção contra-científica refere-se a textos publicados nas revistas Rádice, Luta & Prazer e Orgón. Para esta análise apresenta-se tanto a discussão científica internacional e nacional sobre a homossexualidade elaborada, principalmente, em fins do século XIX e ao longo do século XX, quanto a influência da contracultura e dos movimentos sociais em nosso país, no período dos anos de 1960 a 1980. O que se pode observar é que a homossexualidade foi representada de forma ambígua tanto na produção científica quanto na produção contra científica, ora associando, ora desvinculado, a homossexualidade à ideia de patologia. Além disso, há uma maior ênfase em explicações psicológicas, calcadas na teoria psicanalítica, em detrimento de justificativas biológicas. Na produção contra-científica foi predominante o discurso em torno do livre arbítrio quanto à opção sexual.