Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Di Azevedo, Maria Isabel Nogueira |
Orientador(a): |
Mayo Iñiguez, Alena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12012
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Resumo: |
Nematóides da família Anisakidae tem como principais representantes espécies dos gêneros AnisakisDujardin, 1845, PseudoterranovaKrabbe, 1878 e Contracaecum Railliet e Henry, 1913. Apresentam um ciclo de vida indireto em ecossistemas aquáticos, tendo mamíferos marinhos como hospedeiros definitivos e peixes e crustáceos como hospedeiros intermediários, estando relacionado a quadros patológicos em ambos. O homem pode infectar-se ao ingerir o pescado de forma crua ou mal-cozida, e desenvolver uma patologia gastrointestinal denominada anisaquidose. A identificação acurada de anisaquídeos em qualquer estágio do ciclo de vida é crucial para o melhor entendimento da ecologia e epidemiologia destes nematódeos, assim como para o diagnóstico e controle da anisaquíase humana e monitoramento da qualidade do pescado. A identificação em nível de espécie baseado na morfologia é difícil, devido aos limitados caracteres de importância taxonômica. Abordagens moleculares e genéticas são capazes de fornecer uma identificação precisa dos anisaquídeos, possibilitando um melhor entendimento de sua sistemática. O objetivo deste trabalho é identificar, através da taxonomia integrada com base em análises morfológica e genética, as espécies de nematódeos da família Anisakidae parasitos de mamíferos marinhos provenientes do litoral do nordeste brasileiro. Os parasitos (n=195) foram coletados de 54 cetáceos encalhados ao longo do litoral de seis estados do nordeste do Brasil A análise morfológica revelou 60 espécimes como sendo Anisakis sp. clado I, 24 Anisakissp. clado II e 4 como Pseudoterranovasp. A espécie A. paggiaefoi identificada em Kogiabreviceps, constituindo a pimeira descrição austral da espécie. O gênero Pseudoterranova é identificado pela primeira vez infectando o golfinho-rotator, Stenella longirostris.Devido à natureza do material, fixado em formalina, etanol, ou AFA, diferentes métodos e kits de extração de DNA foram empregados, e a metodologia de pré-tratamento com CTAB e extração com o kit comercial QIAamp® DNA Investigator(Qiagen) apresentou o melhor desempenho. Para amplificação do DNA, a técnica de Polimerização Reconstrutora se mostrou eficaz na optimização da PCR. O gene mtDNA cox2 foi avaliado comobarcodeda família Anisakidae e se mostrou eficiente. Dezesseis espécimes, de hospedeiros distintos, foram geneticamente identificados como A. typica, confirmando esta espécie como a mais circulante no Brasil. Em Stenella frontalis, Lagenodelphis hosei e Globicephala macrorhyncus, a espécie é relatada pela primeira vez em águas do litoral brasileiro. A espécie A. nascettiifoi identificada em um hospedeiro ainda não relatado, Mesoplodon europaus, a baleia bicuda de Gervais, e sua distribuição também expandida para águas do Atlântico sudoeste |